10 maio 2009











A LEI DO PASSE
"As mães são santas quando cuidam, mas a conduta dos maus filhos faz de muitas... sonoros palavrões!" (Autor Próximo) –
alerme@ig.com.br

A Lei Pelé ou Lei do Passe tem feito com que todos os envolvidos, em tese, demonstrem restrições ao que chamam de radicalismo do seu conteúdo. Há quem diga que Pelé deu um canelaço irreparável e o responsabilizam por tudo que de ruim vem acontecendo ao futebol brasileiro. Porém é bom que se diga: Edson Arantes do Nascimento é do tempo do antes. Seu talento e sua situação profissional eram exceções. Pelé, porém, aprendeu a reconhecer as mazelas da profissão dos outros boleiros.
Ele foi o primeiro a saber parar. Foi picado pela mosca azul quando lhe convidaram para a Secretaria Especial de Esportes e, após, como Ministro do Esporte. Saiu do palco para ir jogar nos corredores e, aí, sim, foi dragado pela inexperiência. Usou seu poder de decisão e aprovou o que queria, na hora que quis. Fez dos seus colegas jogadores de futebol, uma mercadoria com peso e medida, libertando-os do regime anterior.
Foi a maior revolução dos esportes profissionais no País. Fazer dos esportes um negócio de contrato com regras certas, antepondo-se ao formulismo de semicontratos. Uma verdadeira arapuca que sempre deu aos atletas, a certeza falsificada de que a tal de gaveta os protegia dos humores dos dirigentes (então "cartolas"), a quem chamavam orgulhosamente de "meu bruxo". Os bruxos resolviam tudo, a Lei Pelé exorcizou o ritual.
Certo ou errado é claro que a representatividade dos jogadores na questão é figuração. Tanto quanto antes, diferindo apenas no que ganham com a vontade de muitos (dos dirigentes, dos empresários e da comercialização de sua própria imagem), não se abisme por não se falar em clubes. Eles ainda têm donos mágicos e contratos de "intenções".
Antes os dirigentes desdenharam do poder do Ministério do Esporte ( Emídio Perondi, por exemplo, escancarava que "esta Lei não vai pegar", tal era o rompante e o descrédito do poder mancomunado, que afundou clubes, subjugou atletas e nada fez para se organizar ou melhorar).
Agora, que boa parte largou de trás, tudo que não presta está na Lei e culpando Pelé. É novo simplismo, apoiado por cotistas do "amém".

MEMORIZANDO

* "Entre nosso coração e a nossa realidade há uma luta diurna querendo mudar a vida. O amor é constante e cheio de esperança". Beijos muitos!
* Às vezes, a perfeição é um erro inimaginável, quando o engano é escrachado. Em quatorze anos de coluna como colaborador no DM saiu noticia com personagem de nome correto e foto trocada. "Aconteceu? Virou Manchete", não é amigo Beto?
* "Grátis" é a cultura do momento. O Governo faz de tudo benemerência. No Esporte e no Lazer não é diferente. Basta que se coloque uma taxa simbólica e a participação cai.
* As leis são objetos de manipulação e legalização de imoralidade. Em cada escândalo, um ajuste
* Tempo de abraçar mães e atletas. O valor das primeiras se reconhece antes das outras. Mas há vitórias superando as derrotas, sempre!
* Atletas de si e da saúde, que se preservam competindo ou não. Assim encontramos apoiados pela mídia e empresários locais, vários atletas pelotenses. O Posto do Guga apoia uns. Outros empresários da cidade também o fazem. Esforço e entendimento repartem agruras e viabilizam algum futuro. O Esporte sobrevive.Diego Lemos (foto DM) é um exemplo de paratleta pelotense.




REPETECO À VISTA
"O Mundo chega rápido quando a desgraça é um fato" (Autor Próximo). Airton Leite de Moraes – e-mail
alerme@ig.com.br

Durante o período eleitoral que se avizinha, em termos de esporte, pouca coisa será diferente do que ocorreu em 2006. "Na época, O Pan-Americano do Rio, o desejo brasileiro de ser a sede do Mundial de Futebol de 2014, a candidatura do Rio para sediar uma Olimpíada em 2016 - ainda que compromisso Brasil – legitimou a palavra do presidente-candidato. Ninguém até então havia tido tamanha vantagem para poder falar assim, sem ser acusado de demagogo". Naquela época leu-se por aqui.
A acomodação dos desportistas e oposicionistas (especificamente para as lides do setor), não levará aos palanques e nem fustigará o Governo atual, seja quem for escolhido(a) para assumir o palco do Planalto e manter o roteiro. São tantas as notícias sobre os arranjos e desarranjos, no Congresso e na Câmara Federal, que isto nem está previsto e pouquíssimos acreditam. Há um abafa do Governo e um aceite tácito dos parlamentares.
Esta ocorrência não é nova. Sempre pareceu desnecessário falar em esporte em campanha eleitoral, exceção feita aos atuais governantes. Porém a questão agora é outra. O esporte que se conhece e que se pensa está diretamente ligado a uma série de grandes eventos já decididos e a caminho. Nos bastidores de campanha, quem mexer nos grandes negócios já costurados pelo Governo, pode ficar fora de futuras doações eleitorais.
O valor mais alto “que se alevanta” é idêntico nuns e noutros. Neste sentido, não haverá progresso, mas grandes perdas. As plataformas políticas efetivas virão prontas seguindo roteiros adrede delineados. Com o silêncio cobrado e o continuísmo plantado ao longo deste mandato, não há o que esperar de novidades. O Esporte está tristemente pronto e vendido.
Nesta eleição de 2010, em termos de esporte, o Brasil "potência olímpica" - superando o descrédito de ser apenas potência do futebol – já tem todas as suas peças publicitárias e os clichês decorados e incorporados, bem ao gosto popular. Tudo pronto para o melhor, se o melhor vier.
Tudo aquilo que se repete à exaustão, dá resultado. O atleta joga e o povo vota do modo que treinam. E "treinamento" não lhes faltou.

MEMORIZANDO

* "Da minha história não posso retirar o que já fiz. Mas o que faço e farei será para lhe fazer feliz. Tudo novo e por amor a você". Beijos muitos!
* É preocupante o modo como o GEB está contratando jogadores para o Brasileiro da Série C. Por outro lado, tem gente jovem que arregaçou as mangas para fazer algo pelo clube. Isto é acreditar no resultado do campo, mais do que nas obras ao redor dele. Mas a paixão é o mote das duas ações.
* Alguns esportes brasileiros inexistem fora do espaço de divulgação alcançado por seus esporádicos e épicos talentos. O Tênis não encontra outro Guga "Roland Garros". O Automobilismo apesar do seu crescimento, ainda sonha que o Ayrton voltará à "Senna".
* O leitor e funcionário aposentado do DETRAN/RS, Nelson Korb, por email, faz duras críticas ao Contran/Denatran por normas implantadas recentemente e que, em sua opinião, são absurdas e geram multas arbitrárias e extorsivas para o que chama de "indústria de multas". Faz sugestões, e as divulga pela Rede com conhecimento de causa. Seu email:
nelsonkorb@yahoo.com.br.Luto no Futsal: morreu sexta-feira passada, aos 39 anos, José Carvalho da Cunha Jr. "Rabicó", (na foto retirada do site oficial), ex-jogador da seleção brasileira. O esporte também mata por dedicação ao que se faz e pelo que representa na vida do atleta. Condolências aos familiares!

Esporte e a Qualidade Distante




ESPORTE E A QUALIDADE DISTANTE
"A Estatística é uma tendência falsa, se e somente se, os quesitos forem respondidos pelo modismo" (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

A grande questão do Esporte é a sua definição. Todos sabem dos muitos modos de utilização da atividade e os vários aspectos no qual possui influência direta. Muitas categorias profissionais são avalistas dos benefícios das atividades físicas para o individuo e, por extensão, à coletividade. Hoje o Esporte é definido pelo que se veicula na mídia. Tudo mais é sugado pelos ângulos em que ali é exposto: do resultado comercial e do espetáculo. Esta visão econômico-financeira é a que lhe autopromove.
Em decorrência disto, os modelos administrativos usados para ampliar e solidificar o esporte de rendimento, privilegiaram o fortalecimento econômico da prática gerenciada. A Economia Global, as grandes verbas de patrocínio e as grandes marcas patrocinadoras – via marketing esportivo – se autoalimentavam. Quanto mais vistosos e vultuosos fossem, maior o prestígio. Este era o medidor para as grandes entidades e seus dirigentes.
A crise econômica mundial demonstrou que o lastro da nau, na qual embarcou o COB, não era suficiente para tanta glória e ufanismo. Este procedimento, tido como certo no âmbito da organização e do profissionalismo – até aí, exigidos como a "grande solução" – atingiu as confederações, as federações, os clubes e os atletas do Brasil; seus magnos e semieternos dirigentes, também. Todos do esporte de rendimento.
O abandono de investidores e suas verbas sacudiram a Confederação Brasileira de Voleibol, recentemente. E logo após o final da Super Liga 2009. O melhor voleibol do mundo não segurou o emprego das estrelas. O sucesso feito de luzes e dinheiro faz dessas coisas: afasta o sentido técnico dos objetivos da modalidade, fazendo dos clubes, hospedarias de atletas.
Os clubes perdem na produção de eventos adequados às realidades de suas microeconomias porque os "cadernos de tarefas" exigidos têm traços megalômanos.Uma visão embasada, de origem mundial (falida). Mata em qualidade o mercado local, sem ter o esporte que o "marketing vende".
O Esporte levado ao Olimpo comercial pela mídia precisa voltar à Terra. O dinheiro não é tudo se for mal usado. Muito vai e pouco fica.

MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

* "Quando você chora minha vida para. Quando me olha e sorri, ela respira. Faço-lhe sóis e galanteios... por inteiro!". Amo você, Beijos!
* É interessante como surgem e desaparecem soluções mágicas, para o futebol local. Mas o casaco, a manga e a cartola são os mesmos. A pomba e o coelho estão amarelados; o baralho surrado, e a varinha quebrada. Ao fundo, uma porção de focas aguarda para trabalhar com bola.
* Impressiona o número de encontros, fóruns e simpósios anunciados e efetivados. Na contramão está o conteúdo debatido e idealizado, que corre para um ponto incerto, no finito cofre do financiar.
* Alvoroço na mídia local: as disputas de beleza entre modos e formas de informar – todas elas tentando ser a melhor ou a única – já é visível.
* Algumas liças (de multicaretas), ainda não se efetivaram porque não acordaram sobre o local do evento: Café Aquário's ou defronte. A informação se renova, mas a teoria da dominação continua. Pauvre Nous!
* No alto comando jurisdicional brasileiro Populismo x Fisiologismo: Mas não há crise. Pode?
* O Fluminense há 60 anos atrás recebia o troféu máximo: a Taça Olímpica (1949). A distinção era concedida para entidade, região ou associação prestadora de relevantes serviços ao esporte mundial. É o único brasileiro com este título, pois ele acabou.

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