29 outubro 2006

GRANDES EVENTOS


GRANDES ACONTECIMENTOS
"Eleições findas, vêm aí as retaliações e as adesões!". (Autor Próximo).
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br

Todos os grandes acontecimentos do esporte estão baseados na expectativa de que atraiam a opinião pública até seu local de realização. Ali, na área do espetáculo, a presença dos agentes indiretos que ela traz, não vale apenas pela sua capacidade de lotar as dependências ofertadas, mas principalmente pela forma como ele será realizado e, posteriormente – caso seja um sucesso - comentado entre os assistentes e seus demais pares. A manifestação é maior, tanto maior seja o interesse pelo objeto mostrado.
É neste ponto que se encontra o gargalo por onde devem passar várias outras posições da administração do esporte brasileiro. Estreito como todos que se conhece, ele não dá vazão a tudo que se pode agregar de positivo, a tão incrível ferramenta de construção individual e coletiva. Estas, em tese, deveriam começar pelo agente direto (atleta) – pois é dele a pujança a ser mostrada – quer em suas ações de saúde, nas suas atitudes de convívio ou profissionais, se e quando, por seu livre arbítrio e competência.
O rito do espetáculo esportivo, no entanto, não permite que estes preâmbulos sejam sequer adicionados ao recipiente, justo para que não se questionem as razões para que o essencial – a entidade estereotipada como "grandiosa" – não flua ou seja, por estes outros aspectos, atrapalhada na ocorrência de si, por si própria. Engole-se no "mise-en-scène" os direitos à qualificação da vida e preserva-se a bolsa. A Economia se sobrepõe.
Os louros da vitória se fixam sobre a pessoa vencedora e o quanto ela representa de retorno ao próximo evento, mais do que na adequação saudável e progressiva a todos os envolvidos. É uma dicotomia pífia de bom conteúdo, entre o "máximo" e o "nada", dependendo do talento maior ou menor com que eles possam mostrar aos demais.
Se o esporte não for continuação da fisiologia do movimento e se este não for considerado como educação curricular e saudável prática de aprendizado social, antes de ser exibicionista, será apenas fachada. Um grande espetáculo esportivo - imponente como um Farol de Alexandria – sem orientar aos navegantes pátrios, de nada nos serviria!
MEMORIZANDO

* "A poesia é o meu recanto/ Meu canto, meu pranto/ No papel, versos planto/ E deles, nasce o encanto./ É um remédio e tanto,/ Milagroso como um santo./ Com ela, os males espanto,/ Meu puro e simples acalanto." http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=19206855 (Recanto, poesia de Davi Drummond, primo de Carlos Drummond) Beijos muitos!
* Onde desembocam os feitos dos desportistas locais? Cadê os textos legais que lhes possibilitavam apoio financeiro? Foi só balela?
* Ainda não entendi como se dá esta promíscua relação entre os políticos e os feitos esportivos de atletas famosos. Sustenta-se pela vaidade de vencedores? Ou pela idéia das "autoridades" que pensam que ninguém pode negar-lhes o direito de posar como "papagaio de pirata" numa foto, na maioria das vezes, demagógica?
* Os Tribunais de Justiça Desportivos não demoram nadinha para colocar o torcedor de olho no tapetão. O "Modus Operandi" quando salta dos corredores fica sob suspeição geral.O Xavante estava moribundo na "C", mas agora o paciente ao menos deu um sorriso. Na foto, um "Periquito" (não o Paulo Porto), dando dicas ao "Aranha", que foi seguro para não desmaiar. Será que ele entendeu o que falou e o outro, o que ouviu? Duvido, risos!

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