2014: O ANO QUE NUNCA TERMINARÁ - PARTE ÚNICA
"Renan, vai procurar sua Tuma?". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br
O Brasil é o país do futebol. O futebol é uma das atividades mais rentáveis do mundo. O Brasil é pentacampeão mundial e um dos maiores celeiros internacionais de craques. O Brasil, porém, é centro de excelência de atividades de corrupção político-comerciais. O Brasil é exemplo de impunidade e paraíso de leis umbilicais, a serviço da isonomia transversa entre os muitos dos seus agentes e Poderes. O esporte aqui é pobreza, o povo pensa que é rico; o futebol sustenta vários dos engodos nacionais.
Eu sou contrário à realização Mundial de Futebol de 2014 e, até o presente, não disponho de contra-argumentos para mudar de idéia. Minha posição tem a ver, infelizmente, mais com o que ocorre nas "dobras" de tal projeto, do que propriamente com o evento e seu aspecto esportivo. Há um universo inteiro de induções à sandice desta idéia, sendo plantado nas mentes dos que aqui vivem, explorados que são em suas supostas vontades e que passam longe das suas prioridades, nunca suficientemente atendidas.
É preocupante ver que o adesismo fabricado - responsável pelo "brilho irreal" inventado para o PAN 2007 e seu arremedo PARAPAN 2007 - cujos bastidores de desperdício do erário (?), só encontraram tênues sussurros como "notícia", já planeja novo foco megalômano de orgulho pátrio. A Nação está refém de micro-núcleos de manipulação que inventam prioridades macro, aos que nem sabem que estão sendo usados.
Errei ao imaginar que havia arrefecido o ânimo da cartolagem e do seu poder político. Vejo agora que houve, na verdade, uma associação entre ramos distintos de um mesmo setor. O Brasil multiesportivo é uma nova e grande aliança, admitida na confederação de negócios junto ao Governo. Ela tem, agora, caixa-automático instantâneo e em tempo real.
Abrir-se-á novo caudal para que, no atropelo e em nome sabe se lá do que, se gaste urgentemente, com este grande compromisso brasileiro de ser palco de um Mundial. Haverá outro engano no orçamento também?
Novos protocolos, assinaturas, projetos e um consórcio de "alhures para nenhures" vêm aí. Outra vez, tudo para as eleições... e após!
· MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com
· "Eu disse teu nome sonhando e não acordaste!". Beijos muitos!
· Causa constrangimento a rapidez com que se absolvem determinados casos de doping. Aliás, na cidade sede da CBF, coisa estranhas acontecem. "Se você morrer praticando esportes no Rio, é só pedir uma liminar e voltar são e salvo para casa". Nada que a FIFA já não conheça e que, apesar de não concordar, talvez não possa fingir que aceita. Isto vai fazer escola e exigir um basta, mas só depois da porta arrombada. Com certeza!
· Para não dizer que não falei em esporte local: - "Praticar esportes é escolha e direito pessoal. Competir e ser atleta profissional é conquista".
· O esporte de lutas hoje é uma conexão direta com o universo externo ao da sua prática. É um reflexo do convívio social que banaliza a morte e teme a violência. O termo arena voltou com força, pois nunca desapareceu.
· Das frases de Carlos Drummond de Andrade, poeta, escritor, jornalista e vascaíno, sobre o esporte (futebol), esta é extremamente sábia: "Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974). Que se diga do futebol pentacampeão e quase hexacampeão.Nas próximas eleições muitos programas locais que hoje se fartam de palpitar na política, noutras ninharias e bastantes banalidades, se aperfeiçoarão em "noutras ninharias e nas bastantes banalidades". Esperem e verão. Já foi assim, na eleição anterior.
"Renan, vai procurar sua Tuma?". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br
O Brasil é o país do futebol. O futebol é uma das atividades mais rentáveis do mundo. O Brasil é pentacampeão mundial e um dos maiores celeiros internacionais de craques. O Brasil, porém, é centro de excelência de atividades de corrupção político-comerciais. O Brasil é exemplo de impunidade e paraíso de leis umbilicais, a serviço da isonomia transversa entre os muitos dos seus agentes e Poderes. O esporte aqui é pobreza, o povo pensa que é rico; o futebol sustenta vários dos engodos nacionais.
Eu sou contrário à realização Mundial de Futebol de 2014 e, até o presente, não disponho de contra-argumentos para mudar de idéia. Minha posição tem a ver, infelizmente, mais com o que ocorre nas "dobras" de tal projeto, do que propriamente com o evento e seu aspecto esportivo. Há um universo inteiro de induções à sandice desta idéia, sendo plantado nas mentes dos que aqui vivem, explorados que são em suas supostas vontades e que passam longe das suas prioridades, nunca suficientemente atendidas.
É preocupante ver que o adesismo fabricado - responsável pelo "brilho irreal" inventado para o PAN 2007 e seu arremedo PARAPAN 2007 - cujos bastidores de desperdício do erário (?), só encontraram tênues sussurros como "notícia", já planeja novo foco megalômano de orgulho pátrio. A Nação está refém de micro-núcleos de manipulação que inventam prioridades macro, aos que nem sabem que estão sendo usados.
Errei ao imaginar que havia arrefecido o ânimo da cartolagem e do seu poder político. Vejo agora que houve, na verdade, uma associação entre ramos distintos de um mesmo setor. O Brasil multiesportivo é uma nova e grande aliança, admitida na confederação de negócios junto ao Governo. Ela tem, agora, caixa-automático instantâneo e em tempo real.
Abrir-se-á novo caudal para que, no atropelo e em nome sabe se lá do que, se gaste urgentemente, com este grande compromisso brasileiro de ser palco de um Mundial. Haverá outro engano no orçamento também?
Novos protocolos, assinaturas, projetos e um consórcio de "alhures para nenhures" vêm aí. Outra vez, tudo para as eleições... e após!
· MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com
· "Eu disse teu nome sonhando e não acordaste!". Beijos muitos!
· Causa constrangimento a rapidez com que se absolvem determinados casos de doping. Aliás, na cidade sede da CBF, coisa estranhas acontecem. "Se você morrer praticando esportes no Rio, é só pedir uma liminar e voltar são e salvo para casa". Nada que a FIFA já não conheça e que, apesar de não concordar, talvez não possa fingir que aceita. Isto vai fazer escola e exigir um basta, mas só depois da porta arrombada. Com certeza!
· Para não dizer que não falei em esporte local: - "Praticar esportes é escolha e direito pessoal. Competir e ser atleta profissional é conquista".
· O esporte de lutas hoje é uma conexão direta com o universo externo ao da sua prática. É um reflexo do convívio social que banaliza a morte e teme a violência. O termo arena voltou com força, pois nunca desapareceu.
· Das frases de Carlos Drummond de Andrade, poeta, escritor, jornalista e vascaíno, sobre o esporte (futebol), esta é extremamente sábia: "Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974). Que se diga do futebol pentacampeão e quase hexacampeão.Nas próximas eleições muitos programas locais que hoje se fartam de palpitar na política, noutras ninharias e bastantes banalidades, se aperfeiçoarão em "noutras ninharias e nas bastantes banalidades". Esperem e verão. Já foi assim, na eleição anterior.