08 outubro 2012

ENQUANTO A CIDADE DORME

“Espere na fila por educação, trabalho, segurança, saúde e tudo que lhe prometem, sem cumprir”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  



Enquanto a cidade dorme, o desporto, seus atletas, dirigentes são paridos por verbas públicas, cujo controle de utilização é claudicante. Os que bebem do poço da fartura, não estão nem aí para prestar contas de um recurso vindo de toda a sociedade e que deveria ser mais bem utilizado. Se houvesse um plano nacional de desporto que fosse bem feito e bem gerido. No entanto é o que se vê: dinheiro, liberdade de ir e vir. Só aí.

Enquanto a cidade dorme, Dr. Carlos Alberto Nuzman, dá uma festa para se tetraeleger presidente do COB. Tudo que lá existe é teatralmente exposto, mas de pouca possibilidade de ser visto. Este é o retrato de quem manda e desmanda, sem contestação. Das trinta federações, vinte e nove o reconduziram. E quem quer estar no meio e desfrutar das benesses do dinheiro público, repartido conforme o desejo de um só dono, aplaude.

Enquanto a cidade dorme, gigantescos estádios são erguidos, nem todos com destinação a priori, e suas ações repercutem com várias ilegalidades apontadas nas obras e no modo de suas conclusões, sem que haja um único embargo ou bons esclarecimentos. As denúncias ou providências de reparação quando repercutem não vão até o fim para esclarecer engodos e corrigir rotas.

Enquanto a cidade dorme, o governo faz vistas grossas, porque nem tudo que reluz é ouro e para ter medalhas, lá se vão aos magotes as verbas públicas. Tudo foi urdido por poucos e será pago por muitos. Este é um bordão que vai ser substituído, somente após 2016, por conta das confusões econômicas plantadas agora.

Enquanto a cidade dorme, os dirigentes e seus aliados políticos vão se perpetuando em seus cargos, convencidos que até 2016, nada lhes poderá obstaculizar. A conta vai vir com toda sua força para o povo, mas sempre se poderá esperar que isto aconteça... enquanto a cidade dorme.






* "Rosas na alma, perfume no coração". Com Beijos!

* Ontem foi o dia de esquecer futebol e acreditar em papai Noel, na cegonha, e consagrar o Pinóquio.

* A cidade está mudada e pouca gente percebe. No entorno do Café Aquário é pouco o espaço para julgar a vida. O cinturão de miséria cresce na chamada periferia.

* Acreditamos que Nuzman está tentando ser o terceiro brasileiro a presidir um organismo mundial de esporte. Por isto o silêncio externo e a obsessão por ser levado à reeleição por todos os que têm voto.

* Agora que está reeleito até 2016 vai se preparar para receber a pressão do Governo para terminar com estes longos mandatos que acumula.

* Vai depender do quanto o Governo vai perder deste bolo formado e formatado para produzir comoção e servir em lugar de pão.

* Enquanto isso, na realidade o País passa por um período de muito fazer e pouco controlar. É fácil perceber que não temos o esporte que a Constituição prevê e, no momento, nem estamos interessados. A grana vai toda para suprir os delírios e o circo do alto rendimento.

* O problema crucial é quem faz, quem administra a quem, e quem presta contas. Não há clareza, e menos ainda, esporte escolar.

* José Maria Marin – homenageado do COB – Toing!!!



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