22 novembro 2008




A VIOLÊNCIA SOCIAL NÃO É DO ESPORTE?
"A tecnologia coloca o mundo dentro dos ouvidos de cada um, mas os indivíduos continuam sem escutar!". (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

As cenas de violência protagonizadas pela torcida do Grêmio há bastante tempo, são manchas irremovíveis da sua história. É comum ouvir, a este respeito, que pouca coisa pode ser feita. Depois que acontece a violência, os seus promotores diretos são alijados da categoria. Primeiro pela mídia. Quem assim age é criminoso, não é torcedor. Os parentes das vítimas – sejam sequelados ou mortos – responsabilizam diretamente o clube. Este, por sua vez, declara-se, de pronto, nada ter com os fatos.
A violência é institucionalizada e tem uma ficha pregressa que não absolve as partes, assim desta forma tão simplória como se propõem os declarantes. O histórico e a tradição do clube têm muito a ver com isto. E, neste caso, as ideias que lhes dão guarida vêm do ambiente ao lado. Os que apenas torcem por seus times, também engrossam o coro dos que fabricam o "caldeirão". A passividade é uma aliada dos que delinquem. A revolta vem daqueles que estão na passividade e somente quando são atingidos.
Até aí, todos - dirigentes, torcedores e facínoras - assinam este protocolo de "grandeza" do povo que dá sustento emocional ao clube e suas pretensões competitivas. A divulgação deste "temor" dirigido aos simpatizantes dos clubes visitantes é motivo de orgulho. Poucos percebem que estão alimentando seus próprios demônios, até que sejam engolidos.
No caso do Grêmio/Poa, a história racista e elitista que o sustentou durante anos, parece não ter sido erradicada. Já está dando o que falar e não há mais como esconder. Os confrontos e a proliferação de gangues, sob os mais variados pretextos aglutinados à sombra do clube, tornou-se incontrolável. O apoio de antes é, agora, uma ferida mortal.
Existe uma coreografia montada na mídia do espetáculo – aproveitada pelo marketing - e que sustenta e acoberta os que se albergam no que se imaginava fosse apenas paixão clubística. Urge corrigir este equívoco. Está mais do que na hora de se tratar emoção como "munição".
A violência tem preço alto demais para que seja pago unicamente pelas vítimas. O exemplo é péssimo e denigre a instituição gremista. Pena!

MEMORIZANDO

· "Meu sonho não acorda e minha alma não tira férias. Vive dos seus beijos e das vontades por cumprir. O amor já está por aqui!". Amo você!
· Sábado: Um verdadeiro programa de índio aguardava a heroica viagem Xavante, ao Acre, ontem. Aqui, o Lobão aguardava o Caxias. Desta vez, com mais cautela. E eu, indignado com as mortes e com a barbárie de torcedores – repetitivas e localizadas - nem palpite tinha. Nem fez falta!
· A cidade foi atingida pelo presentinho de natal e boas festas dado aos demitidos de fundações e afundações federais. Visível constrangimento de alguém na mídia falada, e regozijo de outros, na mídia virtual. O Autofagismo é uma delícia... se feito com fígados alheios. Que evolução!
· E você, já respondeu sua enquetezinha hoje? Ainda dá tempo. Para bajular não tem fila.
· Um gremista de bem com a vida e que corre na rua para unir pessoas é o "Schumacher" (foto arquivo DM).Maurren Maggi foi em 2008, irrepreensível. Um exemplo de superação e de reabilitação. Por tudo que aconteceu na sua vida pessoal e esportiva, fez jus a cada uma das homenagens que recebeu. Isto se chama saltar sobre uma crise e vencê-la.

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