O OUTRO JOELHO
"Fim de Copa, fim das invasões de turistas,
início da confrontação entre ufanismo, patriotismo e realismo". (Autor
Próximo) alerme@ig.com.br
Primeiro foi um
joelho quase na vértebra inteira. Fez muito estragos para nós e para a Seleção.
Mas tinha mais um. O segundo joelho, que vive aos pares, atropelou nossa
burrice em bater palmas à unanimidade. Que era burra, até começarem os jogos.
Daí em diante foi só oba-oba. Todos nós queríamos e conseguimos nos enganar.
Foi fácil.
O segundo joelho
foi o mais que criminoso. Não nos atingiu pelas costas como o anterior. Veio
direto no nosso nariz, causou traumatismo craniano, esfacelou nosso cerebelo.
Talvez não permita a tão sonhada regeneração. Logo adiante, os joelhos se
juntarão novamente. Vêm aí, mais e mais obras, daquelas que você finge que cabe
no bolso da sociedade, como um todo.
Se formos o
terceiro ou o quarto a ser atendidos, na fila da infindável Copa de 2014, de
pouco adianta saber. A recuperação dentro do campo de jogo, não é para o nosso
bico. O tempo cronológico, dificilmente permitirá. Tentar juntar os cacos de
tudo que foi esfacelado com o segundo joelho não será tarefa fácil. É preciso
ter ouvidos abertos, ao som das ruas.
Nas ruas pode existir um silêncio sepulcral.
O País vai ouvir, até final de outubro, uma provável guerra de bugios. No
comando do ataque a uns e outros, haverá um matador, coisa que Fred pensou que
era e não foi. Não haverá choro, mas ranger de dentes. Em horas estará tudo
consumado e, nós, consumidos. Vai ser uma falsa estratégia e um planejamento
pífio, a atormentar nosso amanhecer.
Teremos gosto de
derrota na boca, náuseas e convulsões, sem que ao menos saibamos os verdadeiros
motivos. Erraremos as perguntas e beberemos explicações inaudíveis e sem nexo.
Joelho é uma arma.
MEMORIZANDO – http://colunadoairton.blogspot.com
* "Reveja no seu
interior, o tempo da sua saudade". Sem beijos!
*
Erramos feio nesta
coluna, ao garantir que sairíamos vencedores desta "Copinha de 214".
Sim, agora sabemos que teria sido melhor enxergar e não apostar no futebol do
"nosso timinho". Agora é tarde, Inês é morta, e os legados não serão
de todos os brasileiros, como a Copa não foi.
*
Sábado foi a despedida
e esperamos que a seleção não tenha perdido. De qualquer modo, até Neymar teve
uma premunição, de que poderia haver, mais uma "perca". Bilhões a
serem pagos, por quem ficou no País.
*
Quando temos bom tempo,
a cidade se move com a rapidez de uma arara azul. Vistosa e pronta a ser
capturada. Os horários de rush que o digam.
*
Quanto mais longe do
grande circo, mais importante é o resultado das bilheterias. Ela sustenta os
clubes e os times do interior e mantém os torcedores. Os clubes podem seguir à
deriva. Quem se importa é dirigente.
* Já estamos autorizados a viver o clima eleitoral. Sem
muito esforço e com uma grande preguiça.
* Quanto valeria um craque tipo Bernard? O que
é alegria nas pernas? Sem estas respostas, os preços disparam. Mas nada nos
resolve.
* A FIFA sabe tudo de exigir e cobrar, tanto
que já embarcou seus lucros, rumo às estrelas.
*
Se sobrasse, ao menos, como
legado, iniciar os jogos nacionais no horário certo, já seria uma grande
melhoria. O que temos foi a TV que acomodou.
*
O paraolimpismo aposta em medalha de ouro no Rio 2016. Na foto da sua
entidade, o tetracampeão Fernando Fernandes (canoagem), afirma que a
paracanoagem cresceu muito e que o ambiente em que se dará a competição,
ajudará muito a obter medalhas.