11 julho 2014

O OUTRO JOELHO
"Fim de Copa, fim das invasões de turistas, início da confrontação entre ufanismo, patriotismo e realismo". (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
         
    Primeiro foi um joelho quase na vértebra inteira. Fez muito estragos para nós e para a Seleção. Mas tinha mais um. O segundo joelho, que vive aos pares, atropelou nossa burrice em bater palmas à unanimidade. Que era burra, até começarem os jogos. Daí em diante foi só oba-oba. Todos nós queríamos e conseguimos nos enganar. Foi fácil.
    O segundo joelho foi o mais que criminoso. Não nos atingiu pelas costas como o anterior. Veio direto no nosso nariz, causou traumatismo craniano, esfacelou nosso cerebelo. Talvez não permita a tão sonhada regeneração. Logo adiante, os joelhos se juntarão novamente. Vêm aí, mais e mais obras, daquelas que você finge que cabe no bolso da sociedade, como um todo.
     Se formos o terceiro ou o quarto a ser atendidos, na fila da infindável Copa de 2014, de pouco adianta saber. A recuperação dentro do campo de jogo, não é para o nosso bico. O tempo cronológico, dificilmente permitirá. Tentar juntar os cacos de tudo que foi esfacelado com o segundo joelho não será tarefa fácil. É preciso ter ouvidos abertos, ao som das ruas.
     Nas ruas pode existir um silêncio sepulcral. O País vai ouvir, até final de outubro, uma provável guerra de bugios. No comando do ataque a uns e outros, haverá um matador, coisa que Fred pensou que era e não foi. Não haverá choro, mas ranger de dentes. Em horas estará tudo consumado e, nós, consumidos. Vai ser uma falsa estratégia e um planejamento pífio, a atormentar nosso amanhecer.
     Teremos gosto de derrota na boca, náuseas e convulsões, sem que ao menos saibamos os verdadeiros motivos. Erraremos as perguntas e beberemos explicações inaudíveis e sem nexo. Joelho é uma arma.


*     "Reveja no seu interior, o tempo da sua saudade". Sem beijos!
*     Erramos feio nesta coluna, ao garantir que sairíamos vencedores desta "Copinha de 214". Sim, agora sabemos que teria sido melhor enxergar e não apostar no futebol do "nosso timinho". Agora é tarde, Inês é morta, e os legados não serão de todos os brasileiros, como a Copa não foi.
*     Sábado foi a despedida e esperamos que a seleção não tenha perdido. De qualquer modo, até Neymar teve uma premunição, de que poderia haver, mais uma "perca". Bilhões a serem pagos, por quem ficou no País.
*     Quando temos bom tempo, a cidade se move com a rapidez de uma arara azul. Vistosa e pronta a ser capturada. Os horários de rush que o digam.
*     Quanto mais longe do grande circo, mais importante é o resultado das bilheterias. Ela sustenta os clubes e os times do interior e mantém os torcedores. Os clubes podem seguir à deriva. Quem se importa é dirigente.
*     Já estamos autorizados a viver o clima eleitoral. Sem muito esforço e com uma grande preguiça.
*     Quanto valeria um craque tipo Bernard? O que é alegria nas pernas? Sem estas respostas, os preços disparam. Mas nada nos resolve.
*     A FIFA sabe tudo de exigir e cobrar, tanto que já embarcou seus lucros, rumo às estrelas.
*     Se sobrasse, ao menos, como legado, iniciar os jogos nacionais no horário certo, já seria uma grande melhoria. O que temos foi a TV que acomodou.
*     O paraolimpismo aposta em medalha de ouro no Rio 2016. Na foto da sua entidade, o tetracampeão Fernando Fernandes (canoagem), afirma que a paracanoagem cresceu muito e que o ambiente em que se dará a competição, ajudará muito a obter medalhas.


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