01 agosto 2014

COMPOSIÇÃO
"As dúvidas e os esclarecimentos não estão, necessariamente, no mesmo plano. Dependem dos interesses". (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
         
    O desporto brasileiro pode ser visto como uma composição, com um bom número de vagões ferroviários. Lá na frente vai a máquina. Ela é feita para puxar toda a carga que deve transportar. Ela precisa da habilidade de um bom maquinista, para saber como, onde e quando deve acelerar, frear ou parar numa estação local. Aí está o dirigente.
    Logo a seguir, toda a logística que arrasta, atrás de si, o conjunto operacional. São os dirigentes que presidem as instituições federativas, e onde se pode identificar a manutenção dos quadros diretivos, segundo o que se espera de cada um deles. São as federações e seus mentores. Os esportes são passageiros, cada um de per si.
     Este equipamento todo necessita reconhecer, para onde vai e como vai. Não é possível acelerar em demasia porque o combustível é tão importante, quanto todo o conjunto. Há que parar e reabastecer. Não deveria haver avanço sem que o combustível estivesse todo, a disposição. O combustível são os atletas; sem atletas, sem esporte, sem competições.
     A via por onde se desloca são trilhos, nunca trilhas. Uma vez eleito o trajeto, a composição vai correndo encontrar seu objetivo (destino) final. O comboio não existe sozinho. Os bilhetes dos ocupantes são feitos, editados e distribuídos, por quem foi instado. Aqui, o grande problema. Quem faz parte, não se aposenta, nem abandona seus cargos ou funções. Seus mandatos são longínquos e seus "salários" não pagam imposto de renda.
     Este trem é conhecido como "trenzinho da alegria". Seu combustível é enviado pelo erário. Quando saem dos trilhos, a máquina lá da frente, não se avaria. Ainda que mal conduzida, não responde por seus acidentes.


*     "Quanto ao tempo, nada o suplanta, nem quem tenta". Sem beijos!
*     Os times de futebol de Pelotas iniciaram bem o brasileiro da série D. O G. E. Brasil obteve duas vitórias, o E. C. Pelotas dois empates. Camargo e Zimmermann, treinadores, passaram pela ansiedade e sobreviveram.
*     É nítida a sensação de que, as mudanças estruturais pretendidas para o esporte brasileiro são menores do que se pretenderia.
*     São os megaeventos que levam as melhores fatias de recursos financeiros, e não o esporte de base, de poucos atrativos. O anseio social não pode ser adiado, mas não encontra nada mais do que demagogia.
*     Romário e Ronaldo Fenômeno estão atrelados diretamente a dois concorrentes às eleições de 2014. O discurso deles, que nunca foi de todo aceitável, não parece agregar votos eleitorais, como esperavam.
*     Segue o leilão para apadrinhar a renovação de auxílio aos clubes.
*     Faltam dois anos para a realização dos jogos do Rio, e sabe-se muito pouco dos planejamentos necessários à construção do pódio dourado. Cuidado ao alardear expectativas, porque na pista o recado pode ser outro.
*     Para que não haja um vexame de repercussão internacional é bom que não se aposte todas as fichas, numa intervenção estatal na estrutura da CBF. A FIFA não admite tal ocorrência.
*      A ebulição provocada pelas urnas trata o futebol como cédula e o torcedor, como uma oportunidade de cooptação. O futebol não é todo o universo a ser gerenciado. O palanque ainda está cheio de mesmices.
*     Izabela Rodrigues chance de ouro em 2016. É pouco ainda.



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