15 junho 2013

NEM TUDO É JAPONÊS
"Por R$ 0,20 é possível comprar uma braçada de confusão, mas para ganhar um País é preciso muito mais".  (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
          
     O Brasil festeiro cabe perfeitamente no Brasil baderneiro. Esta bronca no preço das passagens é bola nas costas. Um movimento que não pode ser defenestrado via marketing, posto que seja notícia e mistura-se às notícias desportivas. O futebol da copa das confederações, em tese, está garantido porque até agora, as mancadas são marolinhas e não mereciam mesmo, nenhum plano B.
     Quem imaginou que o País pararia para que a festa acontecesse enganou-se. Para este grande circo exageraram nas possibilidades e, quem diria, os arruaceiros têm CPF/CNPJ. Tudo bem que eles têm livre trânsito
Entre os despejados e os transportados como gado diariamente, mas precisavam bancar os brasileiros, justo nas grandes capitais, na porta dos estádios, às vésperas da Copa das Confederações?
    Alguns não entendem como uns pagam R$ 100 por um ingresso de jogo e outros ficam tão enfurecidos quando lhes aumentam R$ 0,20 nas passagens, pelo Território como um todo. Menos mal que alguns aprendizados estão sendo feitos com aulas práticas. A algazarra se monta e a polícia desmonta. Ah, mas teve futebol viu?
   No horário do jogo, provavelmente todo este faz de conta fez uma pausa (ou seria pause) para a FIFA exercitar-se a governar um país, sem fazer força. O grande gigante abobalhado é uma escola. A única diferença é que para estudar nele, quem banca é ele mesmo. Se a Venezuela tivesse copa das confederações, nem papel higiênico faltaria.
     Em campo a Seleção Brasileira provou que é tudo japonês, para delírio de Galvão Bueno e de Ronaldo "Feromônio". O árbitro teve seus cem anos de perdão, nem foi preciso expulsá-lo durante o intervalo entre o 1o e o 2o tempo. Na arquibancada o outro Brasil fazia seu auê. Não temos certeza se houve algo mal divulgado ou se o ouvido humano captou vaias para a Sra Presidente. Parecia o País acordando e expondo seus descontamentos, com a turma do andar de cima e vizinhos de Planalto.  Pura ilusão.
     A estréia do circo foi boa. Quarta-feira tem mais, noutra praça. Três a zero não deve ser tabela. Ainda assim é bom lembrar: nem tudo é japonês.  



*      "Teu nome reservo para a lápide que me espera". Com beijos.
*      A 22ª Feira Nacional do Doce de 2014 começou ontem. As análises vão confirmar ou desmentir os números finais.
*      O G. E. Brasil tem paixão suficiente para permanecer brigando pelo melhor palco do futebol gaúcho, mas a sua torcida não tem como bancar sozinha os custos do futebol. Qualquer apagão de campo expõe esta ferida financeira, como chaga aberta.
*      Estamos vivendo finalmente, a primeira fase dos grandes eventos. A Copa das Confederações 2013 é a grande festança. O Brasil nação vai seguir agindo como sempre agiu: experimentando a paciência e a oligofrenia do seu povo. Cazuza cantaria: o Planalto não para!
*      O patrimônio histórico pelotense vive um momento especial. Parece que para cada prédio tombado, outro é abandonado para depredação. Este grande museu a céu aberto pode se transformar num cemitério de época.
*      A cidade precisa enfrentar seus problemas estruturais e suas questões urbanas, nem sempre concorrentes. É preciso saber o que vai mobilizar ou imobilizar seus cidadãos, daqui para o futuro.
*      A Copa do Mundo do ano que vem vai dar a Pelotas o que o seu aeroporto permitir. Olhar com carinho para esta "exigência" não se trata de delírio. Cuidar antes, pois Turismo é dinheiro.
*      Neimar Jr. Vale euros, se futebol tem quer ser equivalente.

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