23 junho 2007


ESPORTE: PSEUDO SOCIABILIZAÇÃO E PERENE DESCULPA
"As realizações humanas são individuais. A dor, coletiva".(Autor próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

A Recreação, o Esporte e o Lazer são sujeitos e objetos da vida que todos defendem e que se esforçam para manter e aprimorar. Isto bem poderia ser um filme. Sem cortes, sem tomadas truncadas, sem correções de atos ou desconsiderações de cenário e contextos. Mas não há como encapsulá-lo ou distribuí-lo como "lançamento", sempre. O físico erigido e mantido por movimento, não se esgota na manutenção das células e dos músculos de um único ser. Produz e busca espelhos... externos e coletivos.
O homem em movimento, desafiador próprio ou de outros, ocupando-se; ocupando outrem ou apenas se deixando levar pelo prazer que elege para si, é um conjunto de tal proporção e complexidade que modifica o seu derredor. Quando alguma das suas qualidades se sobressai ele, em tese, está pronto e vitorioso de sua estrutura física - combalida ou não - e se inclui no padrão de "todos". O Esporte é uma chance primeira de que isto se exponha com maior facilidade e gera as outras manifestações.
A coletividade impõe cobranças de tudo que lhe esteja mais próximo, mas exime-se de entender o "pacote". Quando há um brilho disponível para ela, ninguém se preocupa de saber a origem dele, ou ainda, se tem, ou não, um sentido que a faça melhor. Governos e gerenciadores das vontades populares, nunca desconhecem isto e com uma única e grande estrela esportiva, enchem de emoção e esperança, a alma popular.
As idéias que reforçam e privilegiam grandes eventos e o esporte de rendimento, descurando-se de outras formas locais, atualmente consolidam-se. A exceção é vista como efeito generalizado e conquistado por todos. Esconde-se a miserabilidade incontida e joga-se politicamente para garantir, nesta euforia, que "novas leis" (?) impeçam a alforria social.
Quando as pessoas morrem aqui dentro todos os dias e se investe na segurança "de fachada", só para impedir um mau julgamento externo da "imagem do País", algo grave já ocorreu e está mal administrado por aqui.
O Pan Rio 2007 está sendo usado como promessa de melhora coletiva, sem a menor garantia para tanto e distante da realidade atual. Bah!

MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

* "No sonho que sustento, teu carinho é alimento". Beijos muitos!
* O futebol na cidade sobrevive improvisado em algumas situações. Há dificuldades e alguns seguem recitando: - "A luta contínua... continua!". É muito pouco. Planejar não é apenas evitar a pressa, é melhorar opções!
* A inclusão social que o esporte proporciona, não redime o País do distanciamento na hora de sistematizá-lo na Educação como barreira à marginalização social, incorporada e pré-concebida. Décadas de renovação da inteligência e de amadurecimento geopolítico nacionais foram perdidos e despejados nas ruas. E dê-lhe "ONGUES", de Controle Zero!
* Cresce a pirotecnia politiqueira e a já malfadada idéia de que qualquer um serve para ser ministro, bastando ter amigos. Certas declarações já não são mais jocosas, mas denunciam o despreparo e a frivolidade de certos projetos mal-intencionados. A sociedade de pobres e ricos, colarinhos brancos e fuligem nas armas, bem como suas variações conflitantes, está sendo enganada e mantida subserviente.
* O Tênis masculino do Brasil por escolha da CBT será representado no Pan 2007 por Flávio Saretta, Marcos Daniel e Thiago Alves. Guga está fora. Tem mais compreensão do que pontuação. Vai parar?
* Já o feminino terá Jenifer Widjaja (foto), Joana Cortez e Teliana Pereira. Jenifer é a melhor colocada do ranking nacional. Apesar de musa é também discreta e eficiente, até onde se sabe.



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