26 novembro 2007








A VISÃO DO ESPETÁCULO
"Eleições: sai a Lei de Gerson e entra a Lei do Gesso!". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

Os princípios do esporte e a pedagogia que eles requerem no aprendizado estão cada vez mais distanciados da realidade. O ideário de sustentação da atividade como ferramenta de integração e de formação social, só prospera no corpo-texto de projetos que buscam mais recursos financeiros, do que os efeitos que alardeiam. Estes projetos são sempre objetos permitidos pelo Poder. Só isto já mereceria uma revisão dos conceitos anteriores. Os pensadores de antes, todavia, sumiram todos.
O esporte agora tem validade dicotômica. Apesar da diversidade e da pluralidade expressas como ampliação de oportunidades e ensejo de livre arbítrio, poucos se permitem ver que os atributos da sua base feneceram. Os conceitos esportivos são peças de glamour e sustentação financeira da atividade, enquanto a prática esportiva é parte cobiçada e só reconhecida dentro do palco, num espetáculo. Inexistem outros olhares que não sejam os pré-preparados pelo marketing de consumo massificado.
O esporte vai se firmando como peça exclusiva de manipulação. Embora isto não seja novidade, surpreende pela voracidade com que alija os que prometia aglutinar. A aglutinação de fato existe, mas não está mais centrada na essência individual qualificada e, sim, na visão maciça que ele sugere quando comercialmente avaliado. A busca aqui é por unificação das idéias. A livre escolha é total, desde que a idéia seja a mesma do indutor.
O texto constitucional quando sugere um direito do indivíduo ao Lazer, como forma de qualificar a vida e sujeito à promoção do Estado, não incluía certamente, sentidos amplos de atrelar e patrulhar. O Estado tem o dever, mas não pode loteá-lo entre "amigos", a seu bel prazer.
O Esporte foge de sua finalidade quando tem estes dois pesos (conceito discursivo e pragmatismo comercial), e nenhuma medida. A atividade não é apenas boa em si. É preciso dar-lhe destino no halo da sua contextualização. Esta sim, prioritária, antes de utilitária ou perdulária.
Enquanto o Esporte for pensado como fato de palco, muitas virtudes suas estarão perdidas. Já não se pode dizer o mesmo das eleições!





· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "A lua desceu por entre teus pêlos, até tocar tua pele. Eu fiquei ali, na calma, gotejando suspiros e falas". Beijos Muitos!
· Como o previsto, a experiência de parceria do E.C. Pelotas sofreu o estigma da "primeira vez", sempre a mais difícil. Tão difícil como decidir sobre desistir ou tentar novamente.
· No sábado, enquanto escrevia a coluna não encontrei motivos para acreditar num milagre Xavante. Hoje é "Segunda", mas lá no Bento Freitas, tenho certeza, ainda existe ares de "Primeira", risos!
· Algumas coisas boas acontecem em Pelotas e curiosamente não são valorizadas. O estranho é que muita gente que sempre escolheu o próprio umbigo para orbitar, se mostre tão indignada presentemente.
· Domingo próximo, dia 02/12, haverá um almoço na paróquia São Cristóvão cuja renda reverterá em benefício das obras de conclusão do Santuário de Guadalupe. Informações em horário comercial com a Sra. Ivani na secretaria paroquial fone: 3223-2070. Participe!A Copa de 2014 é bem o rosto do país que cultua o trabalho escravo, a violência contra mulheres e a exploração do trabalho infantil. Que falsifica leite, gasolina e remédios. Que se ufana de sua democracia compulsória, onde a ignorância é carismática e o Governo gasta o que bem entende, incensado pelos adesistas. Convictos ou não.

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