17 outubro 2012

MAIS CIDADÃOS

“Além de ser obrigado, constrangido, você ainda vai votar coagido pelo marketing? É dose!”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  



Há muita confusão nos diversos modos de abastecer de recursos, o esporte nacional de rendimento. O esporte nacional educativo, participativo, pronto para cumprir a Constituição não tem patrocinadores. O investimento na base de categorias esportivas, onde o jogo está mais ativo do que os pódios dourados, não tem interessados. O Governo Federal abastece apenas o vértice da pirâmide com grandes somas. Buscando medalhas de ouro forçando um olimpismo de fachada.

O próprio governo dá o mau exemplo, ao não investir no desporto escolar, onde tudo fica espalhado e sem apoio. Esta ideia absurda de colocar dinheiro onde o dinheiro já existe ou, pelo menos, tem condições de se manter, não ajuda em nada o direito de todos, às práticas desportivas. Seria interessante revisar este conceito e reparar este rumo.

Para efeitos de saúde, lazer e recreação o desporto vindo da escola, com a participação curricular e com acompanhamento dos profissionais de educação física, causaria melhor resultado. De quebra teríamos um permanente universo de atletas ou de jogadores, aptos a serem colhidos diretamente da fonte, na mesma forma que moldaria os cidadãos, caso não tivessem pendores competitivos.

A vantagem seria também quantitativa. O contexto examinado seria maior e por lógica, os melhores de um grupo de muitos, em tese, são filtrados com mais condições. O aluno e o cidadão se formam juntos, aproximá-los do esporte seria mais produtivo e constitucionalmente mais correto do que investir em demasia em quem já está pronto ou assistido.

Construímos a mansão começando pelo telhado. Por que será isso? Talvez seja porque o esporte de alto rendimento atraia mais agentes interessados em gerir suas grandes verbas, do que gente para educar e formar cidadãos. Por ora, a farra dourada continua, não há como brecá-la.




* "A vida é dura, a verdade mais ainda". Com Beijos!

* Pelotas vai ter mais uns dias para voltar à farra eleitoral do miserê.

* Tem rolo grosso na Confederação Brasileira de Tênis. Mas também tem aporte de R$15,9 milhões, para os próximos dois anos. A Polícia Federal e o presidente da CBT Jorge Rosa estão em rota de investigação. Mas o dinheiro não para de entrar, quem banca desta vez é o Correios do Brasil.

* Como já foi noticiado faz algum tempo aqui nesta coluna, o Ministro do Esporte Aldo Rebelo vai mesmo gastar 12milhões e 800 mil reais para implantar sistemas de circuito de TV Fechada em 2013, em estádios de futebol. Esta parte de responsabilidade deveria ser bancada pelos clubes e não pelo Estado. Dinheiro é só para quem ajuda a gastar, pelo jeito.

* Então o presidente da CBV chegou primeiro do que Nuzman a presidir um organismo internacional. No rastro de João Havelange, autodefenestrado do Comitê de Honra do COI, que provavelmente não seguirá o mesmo caminho. E agora? Inveja ou parceria? Até lá... filtra de novo.

* Ficamos sabendo que o ex-ministro de esportes, Orlando Silva está sem função. Não conseguiu eleger-se justo em São Paulo, sua preferência em investir recursos de sua pasta anterior. Deu xabu!

* Lance Armstrong (foto), foi o grande vilão e o maior dos fiascos de um esporte de alto rendimento, o Ciclismo. Perdeu tudo que ganhou por causa do uso inadequado de substâncias consideradas dopping. Era mesmo um “caso raro”. Era quadrilheiro.



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