07 outubro 2007




A ARENA VAI ÀS ARQUIBANCADAS
"Supositório popular: corrupção e voto obrigatório". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

Particularmente sempre imaginamos que a violência do homem podia ser canalizada para o Esporte, tanto quanto as suas virtudes. Infelizmente, não é lícito dizer e pensar - como fato acabado - que este Ser tenha, entre elas, a paz. Os mansos de espírito não gozam sequer, da maioria das opiniões entre os seus menores agrupamentos: as tribos. Parece haver aqui, uma relação subjetivada na escolha do termo, eis que nos devolve à época do "matar, comer e sobreviver, sem mais a ver".
A semana anterior trouxe novamente à baila, a situação em que se encontram hoje, os conteúdos de massa: os aglomerados em geral, (os eleitores), os torcedores e assistentes do Esporte, cujo lado narcisista é uma porta aberta às rixas. A participação de gangues nazistas infiltradas nas torcidas ditas organizadas (só faltam ser ONG´s), mostram como o Esporte está distante do que nos iludimos que era: meio de harmonia. Hoje ele é um facilitador. Ajuda misturar à vida, a barbárie. Sob luzes, numa "Arena".
Muitos alegam que isto nada a tem a ver com o Esporte, mas está na hora de parar com esta falsa axiologia. O ciclo humano está na sua rota regressiva. É cada vez mais apreciável pelo consenso e, principalmente pela falta de algum senso, que o sentido esportivo esteja mais e mais, radical. Um goleador é "matador". O bom "matou a pau". Um grande espetáculo pede por "Arena". Roma, quem diria, está de volta.
Traz no seu bojo, os idênticos ritos circenses, sua apetência por vítimas, porém com uma grande novidade: a gladiatura está também na arquibancada e, pasmem, protegida pelo moderno engodo organizacional. Grupos de assistentes matam-se antes, durante e depois. Tudo de forma civilizada e tendenciosa. Há tempos que alertamos para este viés.
Já é conceito geral que qualquer atividade pode ser esportiva e radical, com uma boa arena e regras novas. O arco e flecha talvez seja disputado em alvos de maçãs, sob cabeças de crianças. Radical, mas terno.
A violência não tem mais "rejeição" no ambiente social. Cabe na vida, no Esporte, e em qualquer mídia. Ruim? Só para alguns: as vítimas!
· MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com

· "Troco teus versos que já sei de cor, pelo teu suor!". Beijos muitos!
· Para o torcedor, o resultado do momento é o que conta. Para os dirigentes, só resta pagar as contas. Cobrá-las é quase impossível.
· O apoio a qualquer esporte no País depende do aspecto comercial, unicamente. Sem este retorno, de antemão levantado, não tem chance. Isto em se tratando, por exemplo, de futebol feminino, cujo preconceito de gênero é fratura exposta, fica pior ainda.
· Acreditem também: por interesses políticos do Governo Federal e das entidades de administração desportiva, muitas promessas acontecerão. Algumas bem compridas e outras, até cumpridas, sempre em longo prazo. Com uma eleição à vista, a brevidade cresce, em qualquer dos casos.
· Pergunte a qualquer um na rua, em microfone e câmera, e ouvirá coisas que emocionam seu ouvido, principalmente sobre valores como discriminação racial, preconceitos, radicalismos em geral, honestidade na política, etc. Todo mundo sabe o que bem dizer. Desmentido? Na intimidade da urna.
· UCPel na Série Ouro num bom começo. Méritos do projeto!No citadino, a tônica é a volta de alguns clássicos passados, assisti Cruzeiro e Brasil (10 x 8), na TV Pampa, com Wanderley Leivas – Presidente da LPFsal - narrando. Isto é novidade!


A MEDICINA NO ESPORTE TEM LIMITES?
"Bolsa é o ócio do Povo. Você é bobo e está na Globo!". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

Faz algum tempo que se percebe a quase impossibilidade de definir a espessura mínima da linha que separa os atletas doentes, dos curados e dos dopados, a eles misturados. Na essência, o atleta profissional deveria ter vergonha de declarar - quando positivado em exame - que apenas tomou um remédio contra isto e aquilo. A automedicação é prejudicial às pessoas. Por isto é constrangedor que atletas inseridos em atividades profissionais desportivas, a utilizem como desculpa.
Esta questão nos arremete a pensar também, logo adiante, até quando o esporte vai ser coisa de seres humanos e como se definirá tal condição, diante da dimensão do avanço da medicina de altíssima tecnologia. Talvez as pessoas que praticarão esportes no futuro venham a ser entidades físicas perfeitas, do ponto de vista de suas funções primitivas físicas e psicológicas. E se tiverem algumas disfunções, poderão usufruir os benefícios que os medicamentos alcançam às pessoas normais?
Até que ponto dirão aos atletas que eles não podem usar remédios? Quem vai seguir determinando e quantificando o ponto exato de onde o mau-caratismo se estabelece e onde apenas houve a reposição da saúde combalida? É instigante notar como parece existir entre os correlatos - ciência, homem, melhoria de vida - uma perspectiva rescisória onde supostamente deveria existir uma confluência.
No momento que estas condições forem decididas, pelo histórico exploratório da atividade humana em si própria, é bem provável que muitos atletas e conceitos serão atropelados. Tão claramente, quanto o foram até o presente, as condições de meio-ambiente e a utilização de recursos naturais, sem o menor sentido ético, onde o cigarro e a água são exemplos diretos.
Em 1981, no Rio, num encontro da Federação Internacional Instituições Superiores de Educação Física, vários especialistas das mais diversas áreas, abordaram o futuro pelo ângulo do esporte e do lazer.
De forma muito tênue se ousou propor o tema, ainda que todos demonstrassem que a filosofia do Esporte exigiria novíssimas reflexões.

· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Todos os dias de saudade, não escondem a verdade!". Beijos muitos!
· O E. C. Pelotas entra para a história da Segundona do futebol gaúcho como o time que liderou, mas não levou. Particularmente entendo que foi válida a tentativa de alterar o esquema administrativo anterior.
· A transição pesou. Conceitos modernos - Departamento de Saúde em substituição ao Departamento Médico, um redimensionamento da idéia no âmbito específico do clube - ficam de fora. Um pequeno exemplo do que se tenta e não se consegue. É hora de recomeçar. Nem tudo pode voltar ao que era antes, pois há muito a experimentar e aprender. Acredito que é por aí.
· Esta é para matar: - "O Corinthians não pode ficar de fora da Divisão Principal do Brasil porque seria uma vergonha no mundo todo". Isto teria a ver com o lado "ruç(ss)o" da questão?
· Vi uma reprise da TV Câmara Federal onde o amigo José Cruz participava. Fiquei impressionado com a ansiedade dos debatedores, que tentavam ganhar no grito das ponderações que ele propunha. Político não gosta de outros dados que não os seus.
· Outubro é mês de intensa atividade na Paróquia São Cristóvão. O Pe. José Schram, meu bom amigo, aguarda a participação dos paroquianos. O telefone é 3223-2070.Marta, moça ao lado, vice-campeã mundial numa seleção que nunca joga... joga muito, mas a discriminação e o preconceito continuam!

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