18 março 2007

OS CAMINHOS DA VIOLÊNCIA ESPORTIVA

"Política de Massa tem molho ruim, feito com Polvo". (Autor Próximo).

Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br

A falta de discussão permanente sobre os aspectos reais e motivadores da violência esportiva – indivisível da inerência humana – vem sendo responsável por uma série de equívocos em sua essencialidade. Muitas ações foram tomadas e ainda o são, por afetarem o bojo do espetáculo no sentido comercial e na sua rentabilidade. É perfeitamente claro que o objeto ali manuseado não é a segurança do indivíduo, mas sim, a sua ausência da bilheteria do espetáculo, direta ou indiretamente.

O primeiro erro desta situação está no fato de precisar um "derrame de violência", no ambiente onde se mostra a disputa e, ainda assim, com grande numero de "pagantes" para gerar algum tipo de providência. A exemplo do fato público - e cada vez mais banalizado, da insegurança social cotidiana - acorda-se para o gerenciamento das vítimas e repercussões pós-traumáticas do contexto esportivo, apenas quando, e enquanto, existirem holofotes ligados. Antes disto, empurra-se com o rabo.

Aceitar induções e condutas repetidas de dirigentes, alguns modernizados na marra, mantenedores da truculência que os consagrou durante décadas, é dar chance ao azar. Hoje, o fator campo, falsamente tido como um agregado positivo e desvantagem inerente do adversário – que nada mais era que uma "licença pra matar" – adubado e mantido por quem não deveria, espalhou-se para o antes, o durante e o depois do espetáculo.

Em grandes eventos, as hordas emocionalmente desprovidas de nexo – privilégio da covardia individual - servem para ampliar o que de muito se aceita. Campanhas de boa conduta e todo o aparato tecnológico existentes não farão retroceder vícios plantados. Para não perder espaço, dirigentes e políticos os adubam para recuperar vantagens e poder.

As manobras para desqualificar os limites legais - quando infringidos - são indicativas de violência protegida. E não falo de só de futebol, mas de todos os esportes onde a classe diretiva é uma casta perene.

Enquanto a violência for assim postergada e mantida como trunfo de Poder, seja estatal ou esportivo, as ações tomadas serão falsificadas!

MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com


* "Meu carinho vai muito além do desejo, quando te vejo". Beijos Muitos!

* Condomínio "Futebol Pelotense": o andar de cima incendiou. O segundo prepara-se para uma festa e, no térreo, o mesmo Zelador, às vezes incompreendido, mas nunca superado no dedicado trabalho que faz, mantém a esperança de que o prédio não será destruído. A mídia agradece!

* Anda, vira e mexe, o Tênis brasileiro, sem ações de vitrine, vive de seus poucos épicos. Uma andorinha solitária que não faz. Verão!

* O Plano Diretor de Pelotas existe ou é fantasia? Quem aplica e quem fiscaliza, sabe-se lá, o que quer que seja? Passeios públicos e marquises são copa franca? Alguns são casos de polícia. E daí?

* Segue a liberação abundante e desbundante, de novos de recursos para o estourado orçamento dos Jogos Pan-americanos. Direto do Executivo!

* Causa estranheza que às vésperas do Pan Rio 2007, vários e consagrados nomes do nosso olimpismo tenham deixado de se interessar pelo evento. Já começa a dar na vista que alguma coisa no processo seletivo está ruim e justo para os atletas.

* Sem falar dos que ficaram pelo caminho deserdados de certos critérios seletivos, muito mal explicados, em sua boa parte. Assim, antigos e novos sonhos se tornarão pesadelos. Até para quem começa cedo como o aluno da Ativa Karatê (na foto, c/seu Mestre). Pena!

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