16 junho 2012

JOGADA DE MESTRE


“A Pedagogia ensina sobre disparidades, tanto quanto sobre o modo de transmitir e repetir histórias”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  



A profissionalização dos professores de educação física está na base do que se espera seja um bom atleta. O professor de educação física é base do que se deveria esperar de um bom aluno e de um bom cidadão. Tudo no universo escolar, ainda que os professores só tenham sala de aula, em alguns poucos colégios particulares, distribuídos pelo País. No método de profissionalização há vertentes que ajudam e dificultam.

Ajudam o aluno no colégio os que se prepararam para serem agentes curriculares, em primeira instância, e ensinar a todos. As Universidades oferecem tal possibilidade. Nem todos, no entanto, se qualificam apenas para esta tarefa. Liberdade de escolher, sobrevivência e acuro técnico e científico justificam este quadro pessoal de escolha. Atrapalha fazer mestres de academias, em detrimento do mestre operador da escola.

Sem solução para o quase impasse destes paradigmas resta ver a situação pelo lado prático. Como fazer do desporto e das ferramentas sociabilizantes que o compõem, algo realizável? Um verdadeiro instrumento de formação e amostragem seria alcançado, caso houvesse o interesse do Estado em qualificar e bem remunerar o mestre na escola.

A parte presente nos diz que o profissional necessário esta diluído entre os demais que ganham uma miséria para ser mais do que professores e, muitas vezes, são de tudo um pouco, respeitando mais o aluno do que o próprio Governo mente que respeita. Sem a pressão de ser atleta excepcional, o aluno seria o cidadão que todos nós precisamos.

Tudo isto se perde quando as verbas estatais são usadas para construir palácios dourados, onde só o medalhista é o alvo. Os filhos dos filhos, as famílias que com eles convivem são descartes. Não entram no contexto, por mais que os professores de Educação Física façam.




* "Não posso diminuir teu nome, pois minha vida some". Com Beijos!

* O Grêmio/Poa tem futebol cinza e sonolento. Está sempre no fio da navalha. Já deu um grande passo para sair da Copa do Brasil.

* A Eurocopa está mostrando coisas diferentes, outras nem tanto. Torcidas comportadas dentro do estádio e turbas descontroladas fora. O futebol é bom e xerocado. E que comentarista de TV é antes de tudo um chato. Neto na Band é um exemplo. Extrapola e torra o telespectador tudo que pode.

* Assim como o Caixa 2 é visto como vilão das campanhas eleitorais compulsivas e marco obrigatório nas demandas eleitoreiras, também o uso indiscriminado da máquina pública é um crime permitido. Até quando?

* Aumenta a curiosidade para saber até que ponto prosseguirá os desencontros e desobrigações judiciais, entre questões desportivas e a justiça comum. A força tem sempre limites, o trato jurídico não.

* Se falhar na Itália traga para o Sul do Sul, aqui dá pé!

* Os 200 anos de Pelotas é uma efeméride de poucos para o desconhecimento de muitos?

* O esporte olímpico vive muito bem das verbas públicas, efetivamente aplicadas. Considerando que o montante é o maior da história dos financiamentos seria prudente reforçar a fiscalização de destino. Infelizmente não é isso que se vê. Há muita ponta solta nesta boa fonte.

* Um bom levantamento seria listar os atletas olímpicos de todos os esportes de rendimento, por Estados e, a partir daí, percentualizá-los. Talvez pudéssemos ter uma radiografia melhor de onde veem nossos super estratos.

* Londres 2012 e esporte escolar é pra ontem!





O COLETIVO E O INDIVIDUAL

"Partição é um modo novo de governar para amigos. Discussão é uma forma de jogar a culpa noutros". (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  



A situação dos demais esportes no Brasil mantém a sua característica tradicional de serem comparados ao Futebol. Em comparação aos demais tipos, a coletividade do futebol (joga-se com qualquer coisa, desde que chutada), é seu grande trunfo. São 22 jogadores e se quisermos em qualquer biboca poder-se-á ajuntar mais um árbitro (nem precisa usar apito). Tantos interessados elegem a bola como sua cúmplice.

Para esportes individuais, como já diz o nome, é tudo com o indivíduo. Se houver uma rede ou uma parede, se poderá atinar com mais dois ou três envolvidos. Porém, nem todos param para apreciar ou aplaudir. O esporte individual é um circo que só tem adeptos quando erguido, ou seja, quando o jogador, atleta ou patrocinador já o tiver tirado do anonimato. Esportes coletivos já nascem com envolvimento de mais pessoas.

Se usarmos a figura do Tênis, talvez se consiga descobrir esta substancial diferença. O custo do equipamento, o estilo rebuscado, a concentração e certos golpes vão muito além do talento. Precisam de grande preparação; necessitam de cuidados que até indicam haver a contradição de começar “por cima”.

Um local elitizado, seja pela realidade brasileira, seja pela falta de quem divulgue massiçamente, o gosto por aquele esporte, aos jovens de baixa condição social, em termos de recursos. Sendo assim, quanto mais individualizada for a sua prática, mais difícil se torna para o atleta, praticá-la. Emocionalmente, um fracasso individual, nem pode ser repartido.

No Futebol um fracasso pode ser repartido entre onze, por pior que seja a situação. Erra, pois, de estratégia quem se presta a planejar “socializações esportivas” sem, no mínimo, conhecer os dois lados deste universo. Este “toma dinheiro e sai faceiro”, não deveria ser facilitado.





* "No celeiro da memória cabe até falsas histórias". Sem Beijos!

* O Ministério do Esporte virou sucursal dos clubes de futebol. Gasta o que não deveria com um esporte riquíssimo. Sem dar satisfações.

* As desculpas dadas para agir de modo desrespeitoso e descumpridor com a Constituição vêm do Governo e suas Medidas Provisórias. O mal se dissemina e já acoberta as burradas e falcatruas do ambiente gestor do próprio esporte e da sua multiplicidade. A farra vai continuar.

* Na cidade do doce ficou mais doce jogar com o G. E. Brasil, na sua casa. Se o departamento jurídico pudesse jogar, nem entrar em campo precisaria. De treinador também não!

* É grande a fila para apadrinhar e assumir a paternidade de obras prontas ou de intenções de recursos. Demora nada e vamos ter placas de inauguração, até em empenho financeiro, não liberado.

* Então fica assim: a gente vai. Sem recursos, nem voltamos!

* Na seleção de voleibol Ricardinho voltou. Na de futebol, nem Mano, nem Hulk saem. A Argentina será que tira?

* O amigo e Jornalista Cruz, lá no seu blog, anda cabreiro com o tal de levantamento em estádios de futebol (de 10 mil lugares), que será feito com verba, lá dos lados de Aldo Rebelo e seu Minimistério. Desconfia que vão fazer coisas que deveriam ser feitas pelos clubes e segurança pública.

* O Censo, que o ministro chamou anteriormente de bobagem pode voltar à baila, com finaciamento público de R$ 5,4 milhões. Se ficar só nisto.

* Enquanto isto, nos demais esportes, as bolsas-atletas atrasam ou não são objeto de bom gerenciamento. Se fossem não atrasavam.

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