08 dezembro 2007




ESPORTE: O PATROCÍNIO DO LUCRO COMO ESTÉTICA
"O grito da sociedade é um solfejo orquestrado e baixo". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

O esporte competitivo inexiste sem um patrocínio qualificado. O grau de exigências entre as partes é sempre muito alto. Os recursos de ambos precisam de gestores habilitados para levar, um e outro, aos objetivos que se propõem. O atleta é uma parte que se imagina a mais vulnerável do processo. O motivo é quase sempre igual. Ele tem a habilidade física e o dom para exercê-la, mas lhe faltam estruturação pessoal e compreensão espacial. O patrocínio pode ou não atender estas carências.
O patrocínio vem com objetivos e regras comerciais rígidas, independentes do que possa ocorrer com a subjetividade do atleta. Os motivos dele, em tese, também são direcionados à ponta da pirâmide, à vitória e ao reconhecimento público. Competidor e Marketing correm atrás do mesmo resultado, por caminhos e lados, nem sempre apoiados entre si, no formato ético e metodológico que se esperaria. Os quesitos exigidos para um bom negócio são do patrocinador, embora com algumas exceções.
O atleta padece também da entidade que o abriga. Quando desconhecida e não profissionalizada, poucos negócios bons podem gerar para si e seu atleta. O atleta é a raiz do contato, mas só acrescenta às partes contratantes, caso tenha também seu agente profissional. No anúncio do acerto todos elegem o atleta e a competição como os principais beneficiados. Daí em diante, é um "salve-se-quem-puder". Dá ou desce!
Por isto não se espera que haja compreensão pública, quando o atleta afunda em seus próprios temores ou quando avança sobre a ética, comprometendo sua saúde e a lisura esportiva. Há que se entender também quando faltam aos administradores, títulos e metas prometidas.
Pode ocorrer, sim, que um ou todos os lados deste triângulo associem-se ao espúrio. O sucesso ou fracasso do atleta ou entidade tem reflexos nas finanças e nos demais objetivos, confessos ou não. O que serve ao esporte, ao atleta e ao público, não pode afrontar o que se espera vender.
O Marketing forte pode enganar atletas/torcedores, clubes e países e fazer do "Quarto Poder" a "Oitava Praga" Global. Doerá em todos!

· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "De tão virtual inverdade, entristece-me ser amado!". Beijos Muitos!
· Descontando-se a paixão e os "grandes complôs" (atribuídos a Golias), muito pouco aconteceu com a "xavantada", que já não pudesse ter acontecido. Fato ruim, mas assimilado, resta o futuro a ser recomposto.
· A quebra da parceria no E.C. Pelotas é um prato bem servido para a quinta estação do ano: a dos holofotes. Hora boa de aparecer, sem a incômoda realidade dos vestiários. Muitas coisas noticiáveis, mas nem todas aproveitáveis.
· No Farroupilha, o Presidente Ewaldo Poeta escreve outra página da sua resistente história esportiva. Com a paciência aparente de sempre.
· O laboratório credenciado pela WADA para exame antidoping no Brasil/RJ e o STJD acabam de decretar a erradicação mundial do ilícito. Atletas tramposos não há mais, apenas vaidosos! Mais uma vergonha a serviço de tantas outras, num País tão embolsado e embolsável como o nosso.
· Epílogo esperado e triste fez sepultar o corpo de José Rodolfo Azocar, um símbolo de amor ao G. E. Brasil. Lamentamos pelos seus familiares, aos quais deixamos nossas condolências.
· Farsas insustentáveis: Ricardo Teixeira (na foto e no riso fácil), no topo da lista das três piores coisas do Brasil. Calheiros e a Violência, nesta ordem, as outras. Escolhidos em protesto de cariocas!

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