17 dezembro 2006


POR UM PUNHADO DE EUROS
"É tempo da catarse de esmolar aos esquecidos perenes!" (Autor Próximo).Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

É costume ao final de cada ano escolher aqueles que mais se destacaram em suas atividades. No esporte – onde os atletas geralmente já venceram – a premiação parece atender não apenas as suas vaidades pessoais (venci e quero mais), mas também aos desejos de todos os que com eles trabalharam. Um atleta melhor no seu ano, já fez por si próprio, ao longo do período, tudo que podia para ser um vencedor. Quando não laureado e tendo se evidenciado, ser destaque é prêmio de consolação.
Viver de prêmios é mais do que um desafio: é necessidade. Para sustentar-se o atleta vai além do seu estado de vivência pessoal, pois no cotidiano de excelência em que opera, tudo se transforma muito rápido. Por várias vezes, é tentado de forma sistêmica e constante, a caminhar perigosamente entre o que seria pertinente às normas do jogo e as "exigências" do mercado competitivo. É uma batalha para ser vencida não apenas com caráter, mas também pelo conceito sobre o prêmio que escapa.
O que pensar do momento em que acontece alguma derrota, se não se pode raciocinar com ela para chegar ao topo? O que desaparece do indivíduo e seus íntimos entendimentos sobre o futuro logo a seguir? Seja lá o que for, vai induzir a sua atitude diante dos fatos que a incerteza da falta de prêmio – duvidas de capacitação futuras – produzem. Sem o brilho de poder ser o melhor do desafio perdido, abre-se um vasto e dúbio campo.
Quem vê o espetáculo da arquibancada, nem sempre consegue perceber tudo que acontece para quem está ali, exposto na arena. Toda uma estrutura montada para render, render e render, jamais permite que algo interfira diretamente neste contexto, venha de onde vier. Atletas são operadores de um sistema absoluto de projeção que não perdoa erros.
Estamos mergulhados de cabeça na era olímpica ou de altíssimo rendimento. Não haverá retrocessos. Há uma série de expectativas e justificativas para o Brasil Olímpico. Quem vencer, verá.Com um punhado de Reais se faz um filme, mas só se faz um esporte sociabilizado, como se alega, com muitos milhares de Euros!

MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com/

* "Eu rio do meu Rio que, às vezes, também chora!". Beijos muitos!
* O Mundial de Clubes foi o grande acontecimento gaúcho deste final de ano. O Internacional chegou lá onde nunca queria e voltou, como se sabe, quase igual ao Grêmio. Risos!
* Presença direta e atuante do presidente do C.O.B., Dr. Carlos Nuzman, na aprovação da Lei de Incentivos ao Esporte. Acordos na sanção do texto podem garantir mais de 500 milhões de reais ao ano. Se bem aplicados, mudam o rumo do esporte brasileiro. É o que dizem! A mordaça nacional já não existe, de tão desnecessária. O Governo é a sua única verdade e apoderou-se de divulgá-la do jeito que melhor impõe!

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