29 dezembro 2012


RETRO EXPECTATIVA ZERO
“Falha humana é um discurso velho para erros antigos, que apagam sua geladeira e estragam sua comida”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
         
     O ano terminou e os projetos esportivos não mostraram com clareza os seus porquês. O Ministério do Esporte é uma vitrine para sonhadores políticos e, neste aspecto, o Governo é sócio e cúmplice. Tudo pareceu feito para politicagem, engodo e movimentação de verbas. Estas existiram enquanto geraram factóides. Já na sua praticidade pouco veio concretizar, a não ser para o futebol dos elefantes brancos.
     Continuamos órfãos de gerenciamento produtivo, coordenadores de fala aglutinadora e de seleção ampla de desportistas que não sejam apenas “boleiros”. O esporte está longe das escolas, incumbido de ser organizado (?) por organismo de maior e vulto, sem quase nenhuma fiscalização. Quase nada mudou, terminamos o ano, seguindo os velhos erros.
     Jamais esperem que este estado de coisas se altere. Sem uma boa rotina, eficaz e contumaz, as falhas de ordenação e de administração serão idênticas. Vamos gastar milhões exatamente como gastamos centavos. A diferença é que os centavos dão a falsa impressão de que tudo foi feito no bico do lápis. Na era das calculadoras isto é outra farsa perigosa.
   A transparência apregoada aos órgãos que desperdiçam o dinheiro do povo não vai aparecer. Onde houver um lapso ou maracutaias, a segurança nacional será invocada e os números desaparecerão dos sites ditos transparentes. Na distribuição dos recursos, as velhas amizades e os antigos nichos de escambos políticos serão os privilegiados de sempre.
     No próximo ano, nada será mais importante do que ver e se emocionar com o circo. Mesmo que o pão à mesa seja ázimo, não faltarão os que aplaudirão e aparecerão como grandes líderes na luz dos spots, enquanto houver festa. Depois, sumirão de cena e de bolsos cheios. Decididamente, não haverá o que louvar. A conta será responsabilidade de todos. 


*      "No portão ou no saguão, o adeus é igual”. Com ou sem Beijos!
*      São alarmantes os números do trânsito de cada feriadão. Nas rodovias, nas vicinais e no perímetro urbano nada parece deter os beberrões. Não é possível que mesmo sabendo das conseqüências, este estado de coisas continue. A legislação apertou o cerco. Resta saber se as autoridades da cidade tratarão de fiscalizar a todos por aqui.
*      Não esqueçam: nesta época o Diário Oficial da União tem outros sócios. Sempre dá um jeitinho para passar assuntos na moita. Faltam leitores?
*      O Natal passou batido em Pelotas. Só quem deu ou recebeu presentes é que parecia estar animado ou constrangido. Coisas de Princesa do Sul.
*      Estamos desejando um excelente Ano Novo para todas as pessoas com as quais convivemos durante o ano passado. Que 2013 mantenha a todos no gozo de boa saúde, trabalhando e com muita paz no coração.
*      C. R. Flamengo não renovou os contratos, com a estrela de natação César Cielo. Diz que o atleta não dá retorno de marketing. Adriano, Imperador, seja lá como foi era mais visível... na balada. Deve ser este o critério.



DEZEMBRO NA PAUTA
“Dezembro é a primeira chance do ano de ser melhor que os maus tratos da vida. Basta querer e ter o que repartir”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
         
     Todos os campões declarados, todos os atletas destacados e estamos chegando ao Natal. Uma pequena observação de que as férias e dos grandes meses de inércia. O Brasil para e não para. Já temos dois estádios inaugurados pela presidente Dilma, que vai fazendo seu curso rápido de futebol para não tropeçar, pois ela ainda terá muitos outros pontapés iniciais para executar, até chegarmos à Copa das Confederações.
     O futebol será repaginado e chegará ao mundo “made in Brazil”. São rios de dinheiro público correndo para a privada, sem que se saiba exatamente de que forma e para quê. Fachadas existem muitas, e por trás de cada uma, mais holofotes do que controles. Nossa opinião, enquanto público, de pouco serviu para deter a sanha dos dirigentes desportivos, que estavam misturando seus sonhos pessoais, ao alegórico brasileiro.
     É provável que as expectativas internacionais sejam alcançadas. Os cadernos de encargos estão aí para cobrar do povo todo, a estupenda conta que o erário pagará para satisfazer os delírios das políticas públicas. Estas podem representar coisa alguma, em projetos que têm no papel seu grande sustentáculo e boa parte será como tiro no pé e aluguel de bengala.
    As obras e os legados dos grandes eventos marcados para ocorrerem em chão brasileiro têm tudo para se tornar no maior triunfo da especulação imobiliária de todos os tempos. Estamos sendo convencidos que as melhorias estarão a nosso dispor por longos e longos anos, mas a falta de diálogo nos mostra que seremos enganados, até o fim dos tempos.
     Não é preciso ter tanta certeza, porque a incerteza de quem se envolve não vai mudar o padrão de vida dos brasileiros. Logo adiante, após esta euforia da construção, os estados e municípios que complementarem as determinações da FIFA e do COI ficarão quase insolúveis, ao saldar sua parte de recursos. Os verdadeiros legados serão os débitos dos recursos advindos do BNDES.
Eles serão pagos com sangue suor e lágrimas daqueles que perderam a capacidade de se indignar por terem sido despejados dos seus locais de moradia a toque de caixa. Na histeria e na esteira do fim dos espetáculos, os municípios e os estados negarão aos seus cidadãos o pouco que lhes devia assegurar. Não será tarde... será lamentável e trágico.


*      "O Papai Noel não sabe da Arca de Noé”. Com ou sem Beijos!
*      Boas notícias sobre o Aeroporto de Pelotas. Vão chegar mais 380 milhões para serem repartidos por várias cidades do RS. Pelotas é uma delas se não perder a fila.
*      Nem tudo que reluz é ouro, mas a visita do consagrado José Cruz à cidade de Pelotas tem ouro e brilho. Sempre com uma nova pauta na cabeça e com anos de estrada é um prazer saber de suas idéias.
*      As passagens de pedestre colocadas na Avenida Fernando Osório chamam atenção pelo degrau de inclinação de acesso e saída. Ficamos impressionados. Não havíamos passado por lá, ainda. Quem se descuidar, decola. Mas verdade seja dita é quase impossível correr ao longo dela.
   
Estivemos em Porto Alegre, no Jogo Contra a Pobreza, a convite do filho. Como gremista e cidadão ficamos impactados. É outro mundo. Tirando a pilhéria atuação de Jardel e a lesão do Dida tudo foi bom. Falta muito para ter o acabamento final. As obras de infraestrutura só ficarão prontas em 2014, segundo o prefeito de Porto Alegre.
*      Estamos desejando um excelente Natal para todas as pessoas com as quais convivemos durante o ano. Além do apelo de consumo da data, desejamos como a coluna apregoa, para todos os nossos leitores, muita paz, saúde e amor no coração, além de tolerância e comiseração.


A MESMICE DE DEZEMBRO
“Não há mais lírios que nasçam no lodo. O lodo é comprado, distribuído, e vale metade de uma pataca ou cargo”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
         
     Chegamos ao mês de dezembro num ano repartido entre julgamentos que apontam cadeia, (mensalão), e o tão esperado Mundial do Corinthians. Destes dois acontecimentos, a rigor, apenas a conquista do mundial pelo bando de loucos vai ser mais cobrado, caso não tenha ocorrido ontem. No mais ficaremos correndo para ver o endividamento natalino consumista e os habituais imbecis, de final de ano tomando todas e matando no trânsito.
     Do ponto de vista do ano desportivo que o mês encerra, no futebol, o julgamento dos comentaristas, animadores e especialistas detonaram com a arbitragem nacional. Foi desproporcional a ruindade de uns poucos sendo manipulada por muitos, sempre que o lance não batia com o coração de quem o avaliava. Ponto negativo para os árbitros que não souberam preparar a reposição e ficaram expostos à execração pública.
     Nos demais esportes, em quase todos nada foi descoberto de graça. Sempre houve o fantasma das maracutaias – algumas apontadas pelo próprio Ministério Público – rondando a deplorável permanência dos dirigentes em seus cargos. Os cargos foram motivo, e ainda o serão, de depredação do patrimônio nacional e das potencialidades brasileiras.
    Em Dezembro nos deparamos com o fenômeno das cerimônias de premiação que em tese, nem sempre conferiram com a prática. Algumas, sim. Mas boa parte delas apenas ajudou na gastança geral, quando patrocinadas por verba do erário. As cerimônias particulares são mais comedidas e outras, nesta área, mal sustentam os homenageados, que são convidados a pagar as suas próprias indicações.
     Neste contexto todo, tudo aquilo que foi mal construído, as incompetências, a farsa da transparência e de organização social ficam de fora.  Dos que estão no topo intocável dos esportes de rendimento, além de escolher seu justo prêmio, pouco ou quase nada, ouviremos. Dezembro embeleza (e também cala), a história continuada que poucos conhecem.
Dezembro também não faz justiça. O Diário Oficial não cessa. Mandatos e continuidade de cargos esportivos, também não. Nada redime a omissão do Governo, nos excessos praticados pela perigosa proximidade do esporte com a política de “politicagem partidária”. O Brasil iluminado vai para o escuro e pouquíssimo possuem facho próprio.


*      "Riscando-te nas sombras, meu sono evapora”. Com ou sem Beijos!
*      É hora de dar férias aos boleiros e renovar as promessas de receita junto aos torcedores. Os que sumiram estão consumindo para si e gastando o que podem ou mais, com suas famílias.
*      A Educação Física na escola é como um colar de sucuri viva. Não há quem coloque o pescoço. Faltam quatro anos para os Jogos aqui no Brasil e os deputados seguem fugindo do debate. Pelo menos é que se deduz pela narrativa do amigo José Cruz no seu blog. Os deputados só estiveram (alguns) de passagem na reunião que fora prevista. Bolo!
*      As passagens de pedestre colocadas na Avenida Fernando Osório estão ajudando a quem tem sorte de encontrar um motorista que pare para a sua travessia. Mas são muitos os que não se detêm e acabam atropelando os transeuntes. A conscientização vai para o ralo porque os veículos têm muita pressa.
*      Os olhos da crítica detonaram a inauguração da arena gremista. A repercussão da tal de geral e sua avalanche produziram um espetáculo simplesmente ridículo, ao brigar na festa. E ainda se acham torcedores!
*      Romário, o deputado, numa hora chama CPI e noutra se ausenta de discutir o esporte na escola. Qual deste Romários é o verdadeiro?
*      Dunga está de volta ao futebol. Só a crônica pode tirar sua paciência. Se resistir bem vai poder treinar como todos esperam: ganhando. Já estamos torcendo contra. Risos.
*      No sábado ficamos imaginando se todos os loucos conseguiriam voltar do Japão, em caso de perderem o título. Torcer por Tite era uma boa pedida por aqui, ou secar de vez, azarando o Coringão.Risos.

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