16 janeiro 2011

INSANIDADE E FESTA ESPORTIVA

"Com censura, sem a dita dura não há dente que penetre esta Demokratura, pois é feita de rapa e deduragem". (Autor Próximo) – alerme@ig.com.br  



O dinamismo da vida, do esporte e dos objetivos escolhidos para vivermos, nem sempre costuma ser o que parece e muito pouco possui do que elegemos como certo. Há uma gritante repetitividade em tudo que é mal resolvido, contrastando com o que afirmamos e saudamos como avanço da modernidade e do progresso. Observamos que este fator de continuísmo incide também sobre as ideias daqueles que conseguem manter-se no Poder e agrupar o coletivo (de água e azeite), num só frasco.

A tragédia do povo do Rio/RJ cujos governantes adoram mentir ao mundo que é feito apenas de cariocas no asfalto, e que os demais são apenas figurantes é um exemplo. A festa, o futebol carioca, onde o Flamengo é vitrine mostram o quanto de incúria administrativa o Poder de lá usufrui e o modo perpétuo e enganoso com que relegam problemas.

Ficando com o futebol apenas, o caso Ronaldinho expôs a covardia com que tal procedimento é arraigado no coletivo. Em meio da sempre maior e cada vez mais dantesca realidade trágica dos que não moram, o Rio e parte do seu poder miscigenado com a politicagem esqueceram seus coirmãos e flamengaram um jogador de futebol, como se nada demais importasse.

Por estas e por outras fica cada vez mais difícil fingir que colunistas esportivos possam ser tão desligados do contexto da sociedade ou que são apenas servidores do maravilhoso mundo de engodo, que faz a alegria dos poderes dominantes. Aqueles fazem tudo mal feito, de propósito, colecionando desculpas para gastar mais e seguir sem resolver nada.

Mas é injusto que futebolistas deixem suas qualidades e conhecimentos esportivos de lado, porque eles trabalham forte para opinar durante os espetáculos que assistimos, e dão cor as nossas emoções. Nesta hora, eles vivem conosco um pedaço adiado dos nossos mal geridos cotidianos.

Nem uma palavra é tão plena como um ato de soberba. Não há cura!



* Num domingo, numa cozinha, uma janela não mostra, mas recorda!

* A bola rola na cidade cheia de boas intenções. Acreditar é preciso, jogar não é preciso não! Um parto com novas técnicas para salvar o mesmo bebê.

* Décadas desta coluna, algumas constatações e somente agora alguns veem o avestruz que era apontado e continua ali, cabeça enterrada, mas que não é estátua. O Mundo tenta desembarcar aqui, mas as velhas estações são apenas cartões postais. Contemos histórias, escondamos outras!

* Os negócios do futebol e a falta de aposentadoria condizente transformam alguns famosos – já pouco iluminados pelos holofotes – em fontes de benemerência. Para ONG vão e de ONG vem os subsídios? TCU nenhum vai explicar. É moleza. ONG já se viu né?

* Cuidado com as explicações. Elas geralmente são usadas para justificar atrasos ou para captar otários. Pagar pelo que vendem e não se recebe, quando prometido é a prática de quem se eterniza, e não se responsabiliza.





























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