TRANSPARÊNCIA ZERO

"Quem mira o traseiro, acerta o que abunda e também um vespeiro. O alvo, no entanto, é o cofre do Estado". (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  

Aqui nesta coluna, já bem antes de conhecermos os desencontros entre o discurso e a prática do Governo, da Fifa, dos dirigentes esportivos, sempre alertamos que a tal de transparência para os assuntos da Copa seria de fachada. Faltam pouco mais de 800 dias para o Mundial e ninguém sabe como e onde procurar dados reais e o modo como eles se integram no vasto e amplo terreno do superfaturamento de obras.

O que é mais lamentável é que avisos e desconfianças de todo trabalho e do seu custo por unidade são dados pela Controladoria Geral da União. No entanto, cada vez mais os detalhes fornecidos por todos que assinam, ou despacham, são despidos de clareza e longe da compreensão formal. Quanto mais se pede, menos se tem. As doze sedes da Copa 2014 são fruto de fato político, nunca de viabilidade técnica, financeira e consensual.

É um exagero e uma irresponsabilidade com o presente e o futuro do País. Vamos enterrar, sem consulta à sociedade, vários "elefantes brancos" pelo vasto e incontrolável território brasileiro. O Governo, os cartolas, os políticos ávidos por suas campanhas eleitorais, incluindo a Fifa – primeira e única e as Construtoras, idem - fazem o restante do embrulho nacional.

Dentro deste caudal de eventos mal explicados, para uma Nação que também não foi consultada, estão o improviso e o modo rápido e mal feito de correr contra o tempo. Tudo com pressa oportunista e bem articulada, justo para escapar do bom controle e das necessárias explicações. Não há respeito por nada. Há perdulários autorizados e com mandatos demais.

O Brasil se prepara para uma grande farra de gastos, onde o povo vai ficar de fora, a não ser pelo fato de pagar do seu próprio bolso, todo o esbanjamento incontrolável, do qual nem a metade sabemos.

MEMORIZANDO – http://colunadoairton.blogspot.com/

* "Das pérolas sabem as ostras, em seu longo tempo". Com Beijos!

* A situação da transparência das informações sobre as obras da Copa 2014 e Olimpíada 2016, a partir da pressa inventada pelos organizadores, deixará cada vez mais difícil juntar dados e cotejá-los. Pobre Nação metida a 1º Mundo.

* A FIFA e o COI são como nuvens de gafanhotos. Depois do Brasil quebrado, vai atacar outro local, cada vez mais exigente, surrealista e longe dos antigos "países ricos"

* Um bate-boca e uma enrolação magnífica leva nosso dinheiro tirado do traseiro, para um grande regabofe internacional, tudo combinado. Será feito em cima da hora, a toque de caixa e exatamente do modo que a FIFA mandou, lá atrás, quando um bando de deslumbrados e cooptados foi implorar pela copa do mundo. Resultado: nosso futuro imediato foi para vala comum do assim, assim. Seja lá como carregarem!

* Dá náuseas, mais do que azia, correr atrás do fato pronto, do dado jogado Sem que o País tenha sido convidado ao "pano verde".

* Esta mistura de política e urnas já nem mais se esconde. Vai ter molho para todos os gostos e oligofrênicos para todos os votos (obrigatórios).

* Lei Geral da Copa, como diz o Zé Cruz, é um "chute no traseiro dos brasileiros". E o modo como desapropriaram e expulsaram as famílias nas áreas das obras dos megaeventos é uma violência e rasga a Constituição, também.