17 fevereiro 2008




OPORTUNIDADE E OPORTUNISMO
"Política: o único olho do Rei furou. Nu, sempre esteve!". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

O Esporte possui a condição de dar a quem o pratica, um conjunto de novas realidades pessoais que o inserem coletivamente. Elas são inicialmente compiladas a partir da sua pujança física - seu templo físico - e se espalham sobre o pensamento e a ação coletivos. O sujeito desafiador e praticante vai além das suas vontades e capacidades próprias, quando as mudanças que agencia se reproduzem sobre os outros. A rigor, nenhum individuo atleta sobrevive sem reconhecimento.
No ambiente social, o nascimento dele se dá quando surge uma "oportunidade". Como ela surge; quem a propicia, os motivos diferenciados dos que dela participam, trazem à tona uma questão atual, bem mais séria: os oportunizadores. Aí, se enquadram, modernamente, os caçadores de talentos (?), os empresários, os agentes de marketing, os profissionais e técnicos da área esportiva; grupos de ação e de voluntariado sociais.
Um exército que se poderia chamar, tanto "de salvação", como "de oportunistas". De um lado, pessoas precisando de uma chance. Noutro, pessoas se aproveitando de quem a necessita. O assunto é bem mais indigesto do que se possa imaginar e não goza de bom espaço na mídia brasileira, dado os interesses que se sobrepõem à essencialidade coletiva.
Hordas inteiras de soldados da marginalidade aguardam a hora de salvar suas famílias, perpetuar mandatos - dentro e, principalmente, fora da área esportiva - via "demokratura" desportivo-partidária, ou de se tornarem exemplos, prontos e acabados, da exceção que se faz regra. O oportunismo e a oportunidade, eivados de nobres motivos. As miçangas, agora, são nacionais, os espelhinhos e os fascinados (nunca desencorajados), também.
É dificílimo traçar a linha demarcatória entre a inevitabilidade da chance, e a sua manipulada apresentação como panacéia pelos oportunistas. Uma, é natural e parte difusa no relacionamento social. A outra, uma deturpação de fins e finalidades, que o dinheiro esconde.
A marginalidade social não pára. Mas o oportunismo é crescente e se ocupa a falar por eles para ressarcir-se. Grana no bolso e ética zero!
· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Como acordar ao teu lado, se não me deixas dormir?". Beijos Muitos!
· O domingo de ontem foi repetitivo no futebol local, independente dos resultados de campo. A impressa esportiva em Pelotas tem feito sua parte. Tem escolhido dizer que o bolo é o mesmo, só muda o confeito. Quando sugere que a troca pode ser das moscas... aí o bicho pega!
· Um cachorro em estado de putrefação faz uma bela propaganda do serviço de limpeza da cidade. Há dias que não corre risco de morte, pois apodrece no canteiro central, no início da Avenida Fernando Osório, entre a rua Guilherme Wetzel e a Lindolfo Collor. Ah! Ele não vota! Bom, né?
· A reeleição do Sr. Ricardo Teixeira para presidir a CBF até 2015 era de consagrar qualquer charlatão como vidente, por vários anos pregressos. E tem gente jurando que aquilo era eleição, mas só os puxa-sacos!

. Orlando Silva o "Cantor das Multidões" reencarnou no Esporte e ainda encanta a população. Acompanhado do flautista de Hemelin conduz os ratos do palácio ao afogamento no erário, e a população "lulladriblada" ao extermínio nas urnas. Apresenta-se, sem convite e por caridade, em entidades de administração desportiva, as quais faz benemerência. Com a sua orquestra "Confederada" regida a quatro mãos (Teixeira, Nuzman), é "hors concours" para o ganhar o Disco de Ouro, Prata e Bronze, até 2020. É amigo do presidente e de todos os tesoureiros!

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