30 dezembro 2007




BRASIL 2008: O ANO NOVO É CHINÊS E OLÍMPICO
"Ano tem início e fim, mas a politicagem contínua, não!". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

A modernidade assegura às pessoas, especialmente, que elas encontrem um maior número de facilidades e que esqueçam, tanto quanto possível, de refletir sobre a utilidade delas. O esporte brasileiro definitivamente atingiu a maioridade como atividade múltipla e integrante do programa governamental. É o que se pode chamar de facilidade. O programa esportivo é um meio de exibir popularmente o ato de governar, contribuindo para mantê-lo. É o que se pode chamar de utilidade.
A criação de conquistas e de espetáculos esportivos é ação complexa, idealizada por poucos, para gerar emoções àqueles que, sendo muitos, podem representar uma substancial utilidade. Com os dirigentes brasileiros, com a aquiescência ou conivência do Governo estão as facilidades. Os que têm facilidades pensam detalhadamente. Os que têm utilidade, riem ou choram ruidosamente. Facilidade pensa, e utilidade, não!
Aos que estão no grupo de utilitários resta aderir e aplaudir. Não existe entre eles alguma força declaradamente própria, consistente e eficaz para saber e cobrar adequadamente, pela proporcionalidade do que geram e do que recebem em troca. Eles não têm facilidades, pois precisariam Educação. Esta, no entanto, depende do outro grupo. Ela, quando ofertada, não ensina sobre a utilidade, mas é dirigida à aprovação incondicional.
No processo, como pano de fundo, corolários remontados por sutilezas de alta tecnologia de marketing. Estas estratégias são troantes, envolvem e condicionam. Transformam várias opiniões, nem sempre iguais, em unanimidade. Que sendo é burra, é claro, fica no andar de baixo, pagando ingressos e representada pelos que só possuem utilidade.
Até o presente, se diz e se jura: todo este "luxo" esportivo servirá para matar o "lixo" social brasileiro. Serão espetáculos de afirmação e de grandeza pátrios. A vida de todos vai melhorar? Sem contestação alguma, só vida a de poucos. E eles se perpetuarão, justo, na boca do cofre.
Em Educação há muito por fazer no País. Mas as ferramentas, infelizmente, estarão nas mãos de quem não as usará para tal propósito.



· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Sussurrando sóis, eu vi estrelas onde eras alva". Beijos Muitos!
· Fim de ano: vida nova à repetição. No esporte, seja qual for, repetição não assegura manutenção, tão pouco garante conquistas "ad infinitum".
· O desafio esportivo é permanente e todos tentam vencer e melhorar suas próprias marcas. Sempre temos alguém vencendo e se superando.
· No Trânsito é diferente: há sempre alguém matando e sendo morto, enquanto as autoridades fingem que o controlam.
· É vergonha nacional, mas todos os bêbados de volantes deste País – e são muitos e de todas as idades, amadores e profissionais (?) – tem a seu favor, além da natural imbecilidade, esta estúpida mania nacional de transferir para o futuro, as premências do hoje e agora.
· Sobrevivi à burrice de dirigir, depois de ingerir bebida alcoólica, faz algum tempo. Eu poderia sido vítima ou vitimado alguém. Deus preservou-me. Hoje, eu não repetiria aquilo, por motivo algum.
· Dispenso retrospectiva. O que foi bom, bom já foi. As tragédias se renovam e recuperam seu poder de catarse sobre os ufanistas sobreviventes. A memória deixa seqüelas.Aos leitores e à atleta e remadora brasileira, Fabiana Beltrame, (foto), que "não afundou com o Pan 2007", desejo um Ano Novo bem melhor e Feliz!

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