19 abril 2009


ESPORTE DE ALTA OMISSÃO
"Na Cultura, despotismo e o mecenato fazem a mesa farta. A bajulação é um prato servido com muita futrica!" (Autor Próximo) -
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O fato não é novo. Tão pouco mudará brevemente. Os atletas profissionais ou aqueles que pensam e sobrevivem do alto rendimento, não conseguem ser uma "comunidade esportiva". Eles não têm, em razão da sua própria condição de manutenção individual e técnica, a noção conjuntural do que representam coletivamente. Eles dependem de outros para cuidarem dos seus interesses, por necessidades técnicas ou administrativas. O problema de um, não recebe a atenção de todos. Sua extensão não é vista.
O indivíduo tem contra si, a fragilidade estrutural de organizar-se para reivindicar como classe e produzir condutas típicas do conjunto dos seus anseios. Mas, infelizmente, isto não ocorre apenas com a pessoa dos atletas. As entidades administrativas, confederativas, federativas ou os clubes que lhes emprestam a característica de representar interesses coletivos, também agem de igual modo. Fraudam a si e àqueles aos quais deveriam proteger.
A desculpa aqui é que são pressionadas e, caso não aderirem, ficam fora da realidade hierárquica postada acima e exigente. Ou seja, se adaptam e se calam para permitir que a pessoa do dirigente siga influindo – não nos negócios -, mas no fraudar das expectativas do seu universo desportivo. A Comissão de Atletas é um arremedo inoperante do Ministério do Esporte, além de possuir o vício consentido, de ser embuste e embutida no Comitê.
Faz pouco, o Comitê Olímpico Brasileiro usou da fragilidade dos atletas e sem tempo para escolher os 19 membros da Comissão de Atletas (?), fez de Bernard Rajzman, o presidente. A Comissão é parte jurídica do COB, Nuzman é seu Presidente de Honra. É falsamente debatedora, sem peso nas decisões. "Os atletas unidos, seguirão desunidos". Derrota natural.
A escolha de Bernard, por seu histórico de intimidade com o COB, (a quem, em tese, poderia a vir antepor-se, adiante), é um escárnio. Os atletas seguirão sem representante, com sua pose, mas ajudarão a manter o clientelismo e a dominação. E o Ministério do Esporte (só)rrindo, também.
É difícil ser atleta e mudar a estrutura do esporte brasileiro. Mas é fácil ser dirigente e explorar, os que não possuem tempo de requisitar.


MEMORIZANDO -
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* "Pelas janelas abertas, a privacidade do nosso quarto era invadida pelas luzes da cidade insone. Veio com ciúmes de nós!". Amo você, Beijos!
* A liberação do estádio Nicolau Fico através de prova de engenharia foi saudada como ícone de oposição, às arbitrariedades do Poder Público. Se houve vitória, que Pirro não a comemore, já que as cabeças mudam, mas os fatos se repetem.
* A estatística diz: morre-se sistematicamente no trânsito. Acidentes irresponsáveis ou trágicos, em todos eles, as bebidas, as drogas e a falta de preparo levam os condutores a puxarem o gatilho. No rastro, as mortes eternas dos que ficam. Repetir isto ou agregar números, não resolve.
* Se o mundo tem Paraíso Fiscal, o Maranhão, quem diria, é um Paraíso Criminal. Ainda bem que não pertence a nenhum governo brasileiro.
* Os atletas "brasileiros" (?) seguem sem sotaque e sem semblante. Eles fazem coreografia para os teatros do Comitê Olímpico Brasileiro e para o Governo, via Orlando, que não fica na Disney e nem na Flórida.Diego Hypólito está cuidando de si. Ele conquistou a sua primeira medalha (Ouro), em 2009. Sábado, ele venceu a final do solo da etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística de Maribor, na Eslovênia. Ainda é pouco.


ESPORTE: FUTURO PRÉ-PAGO
"Audi, vide, tace, si vis vivere in pace". Nossa Governabilidade é assim: "Traduzível por poucos". Falsetas Já? (Autor Próximo) -
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As evidências apontam para uma junção de esforços em torno das atividades esportivas, cujos objetivos são: sustentar a idéia que a perenidade no Poder é fato consumado e a certeza de que ela é sinal de competência incontestável. A mídia espetaculosa tem a capacidade de difundir e ampliar estes falsos ecos. O País vem sendo loteado por esta farra. Os mentores são os mesmos, a rapinagem, nova e colorida. Assim, o senso crítico da coletividade segue soterrado por "projetos futurísticos".
É histórico e perceptível que velhos e novos mandarins, ao contrário do que se pensava e, passados os primeiros momentos de adequação, já se posicionaram. Eles ocupam a proximidade do Poder Político, onde politiquês e casuísmo ficam mais perto de doadores de campanha. Investigados ou não, eles interferem na economia como se fossem empresários civis. Este erro (?) é, ainda, pré-remunerado pela Azienda.
Assim como se não bastasse, grandes ideias e articulações específicas se revestem de prioridades, sempre que levadas às pessoas certas. Estas conhecem os caminhos e os atalhos que levam ao dinheiro comum. Este é o alvo. Em "Dona Ruth", a Comunidade Solidária era o grande cofre. Hoje são os multiprojetos de nomes bonitos que levam a grana toda, por serem protegidos pelo Social e pela melhora da Qualidade de Vida do povo.
O atual Ministério do Esporte aperfeiçoou a caça ao tesouro. Avaliza o futuro dos factoides e permite que as burras remunerem antes, durante e depois, os idealizadores e colaboradores (aproveitadores?), do Governo. Ajuda na enganação noticiosa e, de novo, o investimento é para o Porvir. A repetição é o segredo que mantém a farsa como verdade suprema. Sempre.
Esta omissão burra precisa perceber, pelo menos, que urge limitar poderes e dar deveres de quem toma dinheiro governamental. Devia atuar, sim, e exigir que houvesse democracia e limitação de mandatos, nas entidades que o tomam. Que fosse uma regra e rigorosamente exigida.
O Ministério não deveria omitir-se polemizando sobre a justeza de "interferir" em entidades privadas. A grana que usam as tornam públicas!


MEMORIZANDO -
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* "Da cabeça aos pés, és o que és; mais que demais, mais do que Dez. Feliz Páscoa, Meu Amor!" Beijos muitos!
* Atualmente é preciso mais do que uma bola rolando para levar alguém ao estádio. O Far-Pel foi um exemplo disto. Cada vez mais, o brasileiro que gosta de futebol se apega ao televisor. Os símbolos externos ganham espaços importantíssimos em termos locais, junto às novas gerações. Cuidado, pois o descaso é contagiante.
* É uma sinuca de bico. Dela só sairão os clubes que se misturarem ao grande circo. Mais que uma tarefa, o desafio é a grande marca. Um tanto na base da emoção e dependendo de aprovação de velhos gestores, as paixões locais se mantêm e os jovens ainda se engajam nelas. Que não copiem o barbarismo que grassa pelo mundo e que atrasou o futebol da cidade.
* Quando o sujeito deixa a favela e vai ser exemplo dos seus pares, por vencer numa carreira esportiva, geralmente no Exterior, é um herói. Mas quando é apanhado em desvio de conduta (Adriano?), logo se levanta que não estava preparado para fazer sucesso tão rápido. Dois modos contraditos de justificar fatos de exceção, cujos resultados seguem sendo manipulados.Desejo aos leitores, amigos e amigas, que a Páscoa de ontem dê a todos, a paz do Cristo ressuscitado. Em todos os nossos dias.

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