24 agosto 2008




PEQUIM 2008: O INEDITISMO DAS ATLETAS BRASILEIRAS
"Eleições 2008: quem vota nem arrota, vomita. A ignorância é a figurinha carimbada que chega ao álbum". (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

Os Jogos de Pequim 2008 passaram. Sonhos feitos e desfeitos. Alguns por serem delírios e outros por terem sido erguidos à sombra do descaso, do salve-se-quem-puder. Nestes momentos, as observações e os progressos são sempre medidos por estatísticas e nelas não há lugar para subjetivismos ou detalhamentos. Todos os fatos que as compõem são claros, proporcionais e representativos. Estar numa estatística, nem sempre explica a vida dos seus fatores ou dos dramas humanos, ali contidos.
A estatística aponta um aumento de medalhas brasileiras no cômputo geral, desde a última edição em Atenas 2004 para Beijing 2008. Lá atrás obtivemos 5 de ouro, 2 de prata e 3 de bronze, dez medalhas no total. Este ano foi 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze. Quinze no total. Dentro deste contexto podemos fazer comparações de avanços e retrocessos para o fato olímpico 2008, e algumas poucas, na obra toda.
Nesta delegação, composta de 277 atletas contra os 247 que foram à Grécia, caberão comparações, até o limite que a matemática permita. Mas ela dirá de forma tênue, apenas, que neste contexto, as atletas do Brasil repaginaram a história olímpica brasileira. As conquistas femininas obtidas foram todas inéditas. Isto sim é um retrato feito da obra que construíram: o episódico, adiante do pioneirismo, que também se poderia louvar. Os números frios não registram o sentimento de cada uma.
As medalhas individuais de Maurren Maggy, ouro no salto em distância; Flavia Falavigne, bronze no Taekwondo e Katleyn Quadros, bronze no Judô. As dos esportes coletivos: voleibol feminino, ouro; o futebol, prata; a Vela com Fernanda Oliveira e Isabel Swan, bronze. Elas são muito mais do que os números contarão para justificar sonhos alhures.
Outras atletas ficaram, mas os números oficiais não se ocuparão delas, acobertados pelo clima de excelência que justifica que só as mais, fortes chegam ao topo. Ao resto, culpam pelo descaso que não se arbitrou.
Os dados desta justificação oficial fogem ao trato dos que, na platéia, mal conseguem somar, e diminui o futuro do "conjunto da obra".

MEMORIZANDO
· "Em mim, guardados, ombros e afagos!". Amo você, beijos!
· O tapetão não morreu! Parece frase de alguns fãs intermináveis da estrutura diretiva no futebol e, quiçá, de alguns oportunistas. Todo o cuidado é pouco. Vale a pena ler de novo!
· Interessante o fato de que shows visuais tenham que ser "explicados" aos que os vêem. Este foi o mair porre destes Jogos, segundo nossa ótica. Parecia aqueles intermináveis discursos descrevendo enredos de escola de samba. Haja saco!
· Hein, você aí, já comeu sua medalha hoje? Já chorou ao ser apanhado com sua cuequinha repleta de ouro? Ficou indignado porque o seu governo lhe passou a "vara", enquanto uma outra sumiu? Não se afobe, vem aí, depois de Beinjing 2008, "Jeinting 2016". Até lá trabalhe de dia e de noite. Não faz diferença: quem lhe surrupia, não descansa!Maurren Higa Maggi nada pode ser maior! Construiu com garra sua chance. Reverteu dentro da sua atividade, com esforço a sua própria história. Temos a honra de havermos conhecido, ao vivo, sua simplicidade de pessoa e nada mais fizemos por ela, do que torcer pelo seu sucesso. Um luxo!

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