30 novembro 2008


O ESPORTE ESTÁ NO TOPO: LIGUE O TELEVISOR
"O poder da comunicação que nos informa, às vezes, é igual ao que nos deforma e nos atrela!". (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

O contraditório da vida humana está presente nas atividades que executamos. O esporte possui um caráter de aglutinação superior a muitas delas. Como corolário se pode atribuir à emoção – sem a qual não existe a atividade – o grande diferencial. Em outras realizações, os humanos até podem disfarçar seu gosto e cumprir, apenas por sobrevivência, bem ou mal as suas obrigações. No Esporte e no seu autoconceito "competir", isto é raríssimo. O esporte hoje é uma emoção atrelada à economia e à política.
O desportista atual é um produto explorado e vinculado ao sucesso, mas que tem como prioridade, o retorno financeiro esperado pelo patrocinador. Ou seja, neste conceito de invulgar brilho pago e difundido pela mídia, o distanciamento do atleta da máquina que o sustenta só desaparece quando vence. Ali ele parece recuperar os motivos que o levaram a ser um competidor, um desafiante de limites pessoais, nascidos do seu gosto, seu esforço e do seu potencial. Comprados como talentos.
Os demais usos da "ferramenta" esporte, tais como, construção do indivíduo, integração, socialização, via educação e pedagogias, são alardeados. Mas é inegável que cada vez menos pessoas as respeitam, dados a precocidade e a voracidade com que são induzidas nossas crianças. Desculpas para transformar filhos em vencedores não faltam. Inventam-se!
Chegamos ao final do ano e a atividade esportiva, via escolhas e festas de premiações dos melhores, expõe com clareza aquilo que realmente é, nesta modernidade predadora e célere: uma ação de poucos. Várias outras possibilidades morrem de falta de memória e desprovidas de charme. Ficam no cotidiano de milhões, trocados por idéias mais rentáveis.
Este malho, dizem os práticos, não leva a nada. Sem dúvida, o nada aqui usado só tem como norte, sua autoexploração. A atividade esportiva já ultrapassou de muito e sem cumprir-se, o que seria possível e necessário dar a todos: uma mínima "'quantidade" de vida digna.
O engano nasce em frente à Televisão. Onde a emoção, tal cupim, corrói a sensatez e põe cifrão no imaginativo dos adultos. Zero à esquerda!

MEMORIZANDO

· "Achei pequenos grãos sobre o teu colo e me dispus a semeá-los. As novas fruteiras amadureceram... e a colheita foi farta!". Amo você!
· Santa Catarina precisa de ajuda e solidariedade. As chances de sermos humanos são em situações assim. A Cohabpel – 2º e 3º Planos – recolhe e entrega no CEFET/RS. A dor é universal e a vida, um bem comum. Ajude!
· O final do ano e as férias dos boleiros vão dar às redações esportivas, pautas especulativas, soberbas em delírios diretivos. Pré-dirigentes ou "neodirigentes" disputarão holofotes. Ô! Chatice viu?
· A presença da campeã olímpica Maurren Higga Maggi em Pelotas foi um acontecimento diferenciado. A inauguração da clínica do Dr. André Guerreiro também.
· No sábado, um clima de fim de festa para o tricolor gaúcho tirou meu sono de torcedor. Já o E.C. Pelotas chegava ao domingo de ontem com sua torcida na base do: "Eu já sabia!".
· Na casa cheia, as meninas do futebol feminino do Pelotas (As Lobas), buscaram donativos para chegar à final do estadual. Será em POA/RS no próximo domingo. Elas precisam de ajuda e merecem. Marcos Planela o treinador-diretor pede a todos que puderem auxiliar, que o façam. Fone: (53) 9124.7438.

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