04 outubro 2010


A BOLA PAROU NO DOMINGO?

"O Governo que permanece... do jeito que está é para o Povo que se agrada em ficar... como está". (Autor Próximo) – alerme@ig.com.br
 

A paixão do brasileiro pelo futebol e a festa permanente que o atrelam aos torcedores e seus cotidianos cederam lugar à festa da Democracia. A novidade é que não houve. Trocou-se um evento por outro, sabendo de antemão o que já se sabia: vai ser preciso muito trabalho para pagar e ver os sonhos de vitória compensar as perdas. A bola não parou, apenas ganhou um ou outro personagem, mas nada que mude o mando de campo, ou o local em que rolará. A força é a bola que se enche e que se esvazia.

O Esporte tão usado para justificar o futuro já não ensejava perquirições que o sublevasse, tal a blindagem que lhe puseram. Esta proteção fez dos seus agentes, entes públicos – pagos com o dinheiro idem – uma célula desvinculada de boa parte de tudo que se precisaria para tornar realidade os discursos emblemáticos de sua estrutura.

Um exemplo do que se fala é a ausência efetiva dos desportistas do ambiente político. Aqui, sim, se faz questão de que cada macaco esteja no seu galho, até porque as fotos são tiradas lá no alto da árvore. O seu trabalho específico é emocionar e motivar as pessoas para que sirvam ao casuísmo. Que ele pode conhecer, mas só pode influir a favor de um único lado: o que lhe paga. Nunca a favor de todo o universo que o reverencia.

É difícil encontrar os presidentes de entidades desportivas cujos mandatos são acomodações antigas, em atos que envolvam assuntos que digam respeito à sociedade. Nem eles e nem os atletas atuarão na contramão de seus interesses. O statu quo é a garantia deles. Outros, fora.

A falta de exercício provoca a flacidez dos tecidos musculares. A omissão faz o mesmo com o tecido social: amolecendo a sua indignação!


* "Um parede branca é pura expectativa para quem pinta". Beijos muitos.

* O centenário do G. E. Brasil/Pel/RS é um acontecimento de três tempos. Como idéia inicial suscitou o de sempre: uma comissão, explicações e deslumbramentos de mídia. Como ação, por ora, é entre amigos e entre muros. Como consolidação de objetivos dentro do campo, demarcatórios de grandeza e história futebolística, ainda é apelo. Precisa confirmação.

* A identificação e o atrelamento do Projeto do Centenário aos personagens que, de alguma forma, possuem ligação afetiva com o Clube e algum talento reverenciado junto ao torcedor, têm boas perspectivas,

* A eleição é quase passada, mas agrados financeiros são possibilidades sempre esgrimidas. Vale nos dois Brasis. Tudo jogado no futuro, que ninguém é bobo de verificar o que viria e não chegou.

* O tal de tira e bota entre CBF e a Sul-americana é bem parecidinho com o pega-vareta dos clubes e seus dirigentes dentro do País. Os maiores interesses já vêm embalados e prontos para consumo. A azia é de quem come.

* O grande perdedor do sábado foi o ceticismo da coluna. Tudo aconteceu conforme o esperado. Até o Grêmio/POA venceu o Vitória fora.

* Perdeu o título e não vota. O eleitor da foto é um dos tantos que ficaram também sem emprego. A mídia não pode ser culpada por tudo!

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