11 outubro 2010

ESPORTE SEM DISCUSSÃO

"Manter comendo para seguir votando. No Brasil, muitos nascem sem que a Bolsa se rompa, outros morrem". (Autor Próximo) – alerme@ig.com.br  



O Esporte, a Vida e a Morte são junções. Isto já foi dito, esquecido e pouco repetido. Pois repetir é obra para produzir uma (in)verdade e útil a quem pode pagar para o convencimento alheio. Do Esporte e dos benefícios há um comércio latente. Todos necessitam dele. Mas o Esporte é Alto Rendimento. A discussão acabou. Para que apenas poucos cheguem à glória, promovam um país, uma marca ou deem visibilidade a dirigentes e autoridades corruptas, tudo o mais é varrido para baixo do tapete.

Os próprios atletas aplaudidos ajudam a mentir sobre a eternidade da Saúde no esporte, porque só vale o que se vê no pódio. Basta que algum campeão seja a imagem de superação de alguma doença grave e, de pronto, a realidade veste azul. Nem atletas, nem mascates ou dirigentes se ocupam de informar aos que pagam sem discutir, os riscos adiante.

Há no Esporte outras características e uma é diretamente relacionada ao universo que o circunda. Ele traduz com fidelidade o ciclo humano da época. No corpo e no espírito. É como um aspirador reunindo o modo de vida que ultrapassa a individualidade do desafio. A ideia vigente é a cara da atualidade social processada naquele interregno conjuntural.

A emoção é contínua no indivíduo e organizada socialmente é um poderoso condutor e perpetuador de Poder. Todos os avanços na área técnico-científica trabalham primeiro para provar-se e recuperar investimentos. Só após vai descendo vagarosamente a até chegar ao ser humano que é o seu ponto final ou inicial. A violência e a utilidade do esporte não podem deixar de ser discutidos, por conveniências outras.

O formulismo que manchou o Voleibol de ouro dos brasileiros; a morte no Box, em Salto/SP; os descontroles da fama, em jovens craques, mostram a derrota do Esporte perante os que não querem mais discuti-lo.





* "Para algumas coisas nem é preciso adivinhação". Beijos muitos.

* Dizia-se antigamente que o esporte não dava votos. Isto quando os políticos eram apenas chavões esportivos e feitos de "mens sana in corpore sano". Atualmente eles estão além: são adaptáveis e conseguem ser Chavistas e Men... salões no Par(a)lamento). Como o povo é só maleável, o esporte agora já sabe roubar votos.

* Entre a fala do Pelé 1000 Golos e as nossas criancinhas de hoje, (protegidas por Leis que bandido não lê), há mais balas perdidas operando, do que o sarcasmo das salsichas sugeridas por Jonathan Swift. Mas tudo se resolve com Futebol, com craques e mais Crack (nossas salsichas) não é?

* Câmara e Senado já abrigaram criminosos notórios. O Homem da Capa Preta, Arcanjo, Motosserra, etc. Cantores, apresentadores, índios e outros artistas marcaram lugares. Chegou a vez dos boleiros? Que tratem de se fazer diferenciar. O voto é na bola, mas até quando?

* Toda a semana tem um besteirol de faz-de-conta em projetos do atual Governo para o esporte brasileiro. Leiam "Cidades Esportivas: o jogo de empurra para 2016" está no blog http://blogdocruz.blog.uol.com.br

* Personagem: Evo, outro Perna-de-pau com Poder.

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