COMO SEMPRE SE IMAGINOU
"Maus exemplos... melhor seguí-los? Alguns preferem!" (Autor Próximo).
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br
A situação atual das atividades esportivas do Brasil reconheça-se ou não, é aquela que sempre se imaginou que deveria e poderia ser. Com base no que não se tinha e no que o futebol supostamente impedia, solicitava-se que o país fosse uma potência olímpica. Todos os encontros, simpósios e afins, assim o pediam. Todos falavam nas potencialidades do esporte e suas virtudes – nunca nos defeitos – para tentar sensibilizar as autoridades, em geral. O sonho final era livrar-se da "vergonha olímpica".
Justiça seja feita aos professores de Educação Física que à época nem eram categoria profissional, pois eles sempre atuaram na questão ressaltando o que os leigos, a seu modo, também o faziam: clamando pelo reconhecimento do esporte como forma de valorização individual e extensível a todos. Na verdade, todos queriam o que o esporte oferece: o sucesso final, a vitória. Ser campeão olímpico ou potência era um modo de mostrar "algo mais que o futebol". E isto para eles era fundamental.
Usavam-se comparativos de vários matizes. Dos políticos (bi-polarizados entre capitalismo americano e comunismo soviético), dos metodológicos organizacionais (gerenciamento e/ou inferência pública ou do setor privado), bem como, dos classificatórios (como identificar e/ou diferenciar os esportes profissionais dos amadores), chegando ao modelo de recursos ideais: o governo bancando e garantindo, via empresas estatais.
Foi o atual bi-governo que destapou a caixa mágica, dando vez para o pluralismo da prática e criando um Ministério do Esporte. Se alguma coisa se perdeu, talvez tenha sido pela natural luta de poder da "Intelligentsia" elitista e corporativa das universidades, ou ainda, pelo modo de governar. As estatais bancam teoricamente, a base disto tudo.
Os objetivos, hoje, podem ser outros, mas nasceram como muitos queriam. Se os arautos foram alijados, só eles podem denunciar, algo que parece difícil, pois muitos já vivem do seu novo "status quo".
Alguns "profissionais" comandam e o partidarismo é explícito. O Público e o Privado comem no mesmo prato, cada um com seu tempero.
MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com/
* "A virtude está no meio, com a paixão de permeio!" Beijos muitos!
* Quem notou o que se fez com as garantias individuais no Brasil, teme o futuro. O regozijo de hoje será a ojeriza de amanhã. Cuidem-se!
* Futebol: evitar novo incêndio e testar as estruturas é o que se espera do lado xavante. No Pelotas, o "quase" já deu as caras. E o Farrapo, na espera?
* A violência física, a patrimonial - com roubos aparentemente estilizados de malotes - e a do trânsito são problemas só de grandes capitais e existem em qualquer lugar, não é? Aqui na "Apenas Riograndense", as vítimas adoram este consolo verborrágico-estatístico geral!
* Fala a verdade: - A má qualidade e o despreparo de grande parte dos políticos locais, não contam na falta da nossa representatividade? Culpar sempre o eleitor e os estrangeiros, já encheu! Nesta falta de memória que dizem ser apenas do povo, a mídia saberia dizer onde ela própria se encaixa?
* O Judô, o Atletismo e a Canoagem lideravam os esportes brasileiros, com 5, 3 e 2 medalhas de Ouro, respectivamente, nos "VIII Juegos Deportivos Sudamericanos de Buenos Aires 2006", até sábado de tarde. O evento vai até dia 19/nov. Na foto, o judoca taboanense e da seleção brasileira, Thiago Aoki, 26 anos, ouro na cat. leve do Judô!