20 junho 2010

QUESTÕES DE COPA E BALCÃO

"O Poder tem memória e força. O povo, pressa... no próprio enterro!". Autor Próximo – Airton Leite de Moraes –alerme@ig.com.br  



O Mundial de 2010 permite pensar que as questões do futebol, embora as modernizações mostradas não se alteram. A bola, por exemplo, é questão de Copa (jogo), e de Balcão (negócios). Sua pesquisa tecnológica, a sua produção e determinação de uso exclusivo na Copa 2010 foram motivadas onde? Atendeu ao pedido de quem? Ela veio para melhorar "o quê"? É uma idéia sem patrocinadores? Pouco provável, mas o certo é que foi gerada no Balcão e muito antes. Conspiração ou teoria de Copa?

A arbitragem 2010 não é diferente. Confirma a Copa, o jogo. É interpretativa, decisória e instantânea, tudo feito pelas pessoas que ali estão excercendo-a. Porém quanto ao jogo e como bola, não muda o controle de quem sustenta a magnitude do esporte, enquanto FIFA. Mas é o Balcão (da FIFA), que diz quem vai estar lá dirigindo o jogo, na Copa.

As arbitragens mantêm as contradições, por não usarem todos os recursos eletrônicos que poderiam, mas isto é coisa de Balcão. Os erros seguem sendo naturais e conjunturais (coisa de Copa), contra equipes frágeis e sem história (no Balcão). Mas são cruciais e incomensuráveis, quando atingem os que estão na fila dos negócios de Balcão. E, aí, sem dúvidas, geram prejuízos (do Balcão), para quem arbitrou (coisa de Copa).

As pesquisas que atualizam os motes para cada uma das edições das copas mundiais são feitas no Balcão e com o dinheiro que ele subtrai de onde seus gênios o descobrem. Mitos de vários matizes se repetem e se consolidam, com mudanças de cenário e manutenção de personagens. Questões racionais de Copa são determinadas. As de Balcão, repetidas.

O mito democrático do poder de Balcão já foi às Coréias e ao Japão. Cobraram caro pela alegria do intervalo (hora de Copa), mas o Norte nem bola deu. O Balcão voltou pra sua casa. A Copa ficou lá, suja e vomitada.





* "A nudez nem precisa poesia ou janela aberta. Só vinho branco, novos olhos e novas fantasias". Beijos todos! Amo só você e muito!

* O raciocínio: "Se a África fez, nós também faremos, a tempo e na hora", não está errado. Mas a discussão nem é esta. É sobre a bandalha histórica e eleitoreira embutida, por aqui. Cuidado ao vaticinar mudanças comportamentais ou no criticar a quem se preocupa com isso.

* Esbravejem, mas esta coluna considera a alta tecnologia do preparo físico, a mesmice esquemática das opções de jogo, e a precocidade dos jogadores (pela juventude e saúde apurada), como algo que nivela talentosos e toscos. Também favorece empates e embota o jogo.

* Um time qualquer, com a saúde dos seus atletas, jogadas de contra-ataques reduz o campo de jogo, trava a criatividade dos treinadores (poucas opções de esquema), e transporta o gol para um só lance de brilhantismo, que o torcedor aguarda 90 minutos.

* De certo, apenas o valor do ingresso já pago e a incerteza se o tal belo lance virá. Parece pouco. A FIFA certamente vigiará de perto tal questão. Tostão, o colunista, acha que sugerir mudanças no quesito impedimento é coisa de imbecil. Somos imbecis assumidos. Para nós seria uma revolução e tanto, mas não é papel da mídia apontar soluções. Há quem ganhe muito para "saber como".

* Evite as urnas, antes da hora. Torça pelo Dunga.

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