13 março 2011






ESPORTE: RELAÇÕES PERIGOSAS

"A Coisa na qual nossa felicidade transformou-se é diferente da Criatura iludida que a persegue". (Autor Próximo) – alerme@ig.com.br  



Nosso gosto pelos bastidores da administração desportiva é parte de nossa história de vida e guarda nesta coluna faz tempo, boa parte da história cotidiana que nos dá um relato para sedimentar o derredor, que monta a realidade de todos. De pronto poderíamos dizer que, o esporte é feito de vários aspectos técnicos, ideais e características funcionais, mas o que lhe dá voz e semblante é a emoção. A emoção é uma relação entre as fantasias, desejos e defeitos das pessoas e o que produzem para si e outros.

O exacerbo desta energia sentimental numa coletividade gera resultados incontroláveis. Se observarmos nosso modo de agrupar tendências esportivas e a rivalidade diferenciada que cada tribo elege, veremos que o que causa alegria e comoção, se junta muito rapidamente à violência, à criminalidade e transtorna a vida de todos. Vira um triste retrato de época.

Um clube de futebol, uma escola de samba são identidades culturais brasileiras que retratam esta perigosa relação do esporte, com qualquer outro objeto ou feição que viabilize a rivalidade, onde o visceral fica adiante do racional. Festas de títulos, comemorações são hoje motivos de preocupação quanto à segurança, seja em estádios ou em sambódromos.

Torcidas organizadas do nosso Futebol usam a rivalidade e estão sempre à espreita de qualquer chance de causar confusão e demonstrarem que são tão fortes e impunes, como os grandes colarinhos brancos dos não comuns, cujas verborreias nem cócegas lhes faz. Agem assim, sempre que podem e, quando a desculpa tem a cara que vai à Mídia, melhor bem lhes faz.

Tudo está no tragicômico modo de administrar o País. Uma grande e (dis) Torcida (des) Organizada que ri dos direitos da sociedade e preserva os seus, semelhante ao poder ditatorial e eterno dos dirigentes desportivos.

Decididamente Educação não é tudo. É nada. Nada para a arquibancada!





* Estava no espelho, o rosto perdido e o olhar embotado. Beijos!

* As tragédias da semana enlutaram ao longe e muito próximas. O mundo mudou, mas reage melhor quem tem mais recursos, ou na falta deles, quem melhor sublimar sua miséria. Nesta hora, Deus serve de consolo para o inevitável e de boa desculpa para políticos e ateus de fachada, os construtores do amanhã, e que também deixam para amanhã, o que já deveriam ter feito.

* Numa hora há um parlapatório de louvação, da tal força do futebol do interior. Ao final, remonta-se ao passado, e se alude a um outro poder (dos clubes da capital e da tal de Federação "que não deixa" clubes de fora ganhar títulos), para desculpar o que não foi alcançado. Afinal, onde existe e quem é quem neste pode e não pode? Saudosismo com todas estas novidades transformadoras por vir, justo no futebol? Tem algo mal combinado neste discurso.

* O Dr. Fábio Koff, com sua pose, seu Clube das Traíras, no momento, é uma figura patética de Poder. A CBF, a Globo, e as TVs levaram a escada faz tempo. O dinheiro não entra em imbróglio jurídico e os direitos de imagem e a retaliação sinalizam que chegarão aos Tribunais. Transtornos jurídicos não captam clientes, muito menos as contas das agências de marketing. Agarrado no pincel, Dr. Koff vê as propostas para o Futebol de TV Aberta minguando. A Mídia deita e rola, dando voz a quem bem entende. Os torcedores já acham o Clube dos Treze, um transtorno para seus sonhos de ver jogos na TV comum. Rede Vida leva os direitos de tudo? Duvido!






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