ESPORTE, JOGO E RISCO
"O primeiro celular brasileiro foi um espelhinho europeu. O Arcabuz, apenas pôs ordem na fila". (Autor Próximo) - alerme@ig.com.br

O Dr. Humberto C. Luzzardi foi um dos grandes mentores do antigo Conselho Municipal de Desportos de Pelotas (CMD). Ele deu forma e conteúdo ao órgão criado pelo Município, que durante vários anos, atuou no planejamento, na orientação e movimentação do esporte local. No organismo - que conseguiu reunir desportistas, educadores, profissionais, ex-atletas, pais, alunos e atletas - foi marcante e acabou por atuar (com apoio de serviços voluntários, sem ser uma OGN), na execução de eventos.
Ele não fez a Lei, mas deu diretrizes ao CMD para que todos soubessem de que forma deveriam agir e os motivos para tanto. Citar seu nome faz recordar que ele sabia e, já naquela época se preocupava, em determinar a diferença entre jogo e esporte. Alguns pragmáticos o achavam entediante, tal sua capacidade para pensar as ações e os seus "porquês". Porém, a atualidade lhe faz justiça. O tudo e o nada - hoje - se misturam.
O esporte está em qualquer conjunto de regras modernas, inventadas por algo que agregue a cara do tempo: fachada, mídia, dinheiro - e quem dele se locupleta - e a violência que finge ser indispensável. Tanto faz se é "sorte ou azar". Basta arrolar e conceituar propostas, ainda que vazias e que nada tenham a ver com os desafios naturais do indivíduo. A adrenalina é hoje uma droga sintetizada pela ganância. Pouco mais, não é.
O sortilégio - criminoso, conceitual, consentido - é, ainda, protegido e assistido por quem deveria reduzi-lo. Influi e deturpa. O risco é parte supostamente controlada, mas está adequado ao que se vive. Colocam-se crianças vergonhosamente à frente de um mercado que não sabe diferir a vida, da socialização, da celebração ou da deturpação.
Tudo vira esporte se houver o que lucrar e, portanto, de nada se pode divergir, sem o risco de ser tão "entediante" quanto o corajoso Dr. Luzzardi. O prof. Lamartine Pereira da Costa alertava para a "corrida" às praticas de violência (importadas), acobertadas como esporte, já em 1980.
Quem buscou entender o que depurar no esporte para mantê-lo a serviço dos homens, está atualmente ultrapassado e morto: de vergonha!


· MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com

· "Sinto nos meus poros os dons dos seus cuidados, expressos em suspiros abafados e permaneço acordado. Sempre!". Amo você! Beijos Muitos!
· No Programa Nacional CAIXA de Apoio a Corredores de Rua de 2008, na Relação de Atletas Beneficiados estão contemplados: 4 mineiros, 3 paulistas, 1 baiano, 1 tocantinense e 1 carioca. No feminino: 6 paulistas, 1 baiana, 1 paranaense e 2 brasilienses. Ninguém do RS, entre os vinte nomes.
· O programa beneficia apenas atletas de elite. O vencedor da 14ª Maratona Internacional de São Paulo, em 1º/jun/08, o gaúcho Claudir Rodrigues, até então, tri-campeão da maratona de Porto Alegre (2002, 2004 e 2006), não está na lista, não é atleta de elite ou não teve conceito na época de ser incluído.
· O técnico de futebol feminino e diretor do Pelotas/Phoenix, Marcos Planela retornou de Brasília/DF, entusiasmado com a audiência pública na Comissão Permanente de Turismo e Desporto. Ele acredita que haverá em breve um projeto nacional para o futebol feminino, pois a demanda exige.
· Hoje, às 19h, no estande do Empório Pelotense, na 16ª Fenadoce, meu parceiro (no jornal "Vida Norte"), e amigo, Laureano Bittencourt (foto), lança em coquetel para convidados, outra série de Cartões Postais. Ele expõe ainda, na Cidade do Doce, as fotos da sua mostra "No caminho de Machu Picchu".