18 agosto 2012

RECURSOS ABUNDANTES

“Aos olhos do mundo, os gênios se perpetuam, os incapazes fazem demais e os pobres vivem de menos”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br  



O país do futebol tem a petulante marca de 200 milhões de entendidos. Todos votantes compulsórios. O esporte que a Constituição prevê passa longe de muitos outros milhões de pessoas, porque a multiesportividade é um bem recluso, sujeito indefinido de frases feitas e de oradores de pouca vergonha na cara. A desorganização não se faz pela falta de normas, mas pelo excesso delas, todas ou quase todas descumpridas.

A burocracia em si, já é um desperdício de tempo e dinheiro e, quando aplicada, a prática se faz ainda mais perdulária ou pré-requisito para a perda do controle sobre origem, meio e fim. Propicia o aparecimento de núcleos de poder extra-oficial, onde os agentes fingem cumprir ordens, mas, no fundo, todos fazem as suas, segundo suas próprias, vontades.

O Ministério do Esporte não parece ser o local convergente e atuante que cobra e justifica os recursos que despende. O dinheiro sai, mas o retorno não aparece como diz o projeto, quando feito para além da arrecadação pura e simples, de verba pública. O Ministério também não traz para si, a administração e a cobrança das leis do estado democrático.

Para obter verba pública seria preciso administração democrática. Deste modo, as empresas públicas e os recursos do Governo somente seriam liberados para as instituições que tivessem em seu regimento, regras claras de manejo do poder, comprovadamente periódicas. Sem esta farra que engessa a eleição, e as pretensas alterações de estatuto para a perpetuação de dirigentes. Passo primeiro para desobrigações futuras.

Assim deveria ser feito com toda a malha ou rede desportiva nacional. Como está hoje, o Ministério já se coloca fora do embate do futebol (área riquíssima em recursos e votos), com os demais esportes. Mas não pensem que o futebol fica longe do recurso público, apenas não é cobrado.


* "Deixei a saudade de lado e lembrei o melhor". Com ou sem Beijos!

* Na quarta-feira passada, o amistoso da Seleção Brasileira foi um arremedo de jogo. De bom somente as homenagens aos campeões de 58.

* Todo este conjunto de greves só beneficia ao Governo. Nada mais.

* Quando o desconforto da sociedade for insustentável, a força vai ser aplaudida de novo. Aí, a democracia vira opressão com aplausos gerais.

* Ao povo cabe votar obrigatoriamente e renovar mandatos do jeito que os mandantes querem. Mais do que isto é esmola. Em dinheiro e na bolsa!

* A cidade se prepara para o Bra-pel n.º 350. A Brigada Militar também, em vista de que a “festa do futebol” pode embutir tragédias. Que pena!

* O prof. Lamartine Pereira da Costa acredita que existe leis em demasia e organização e gerenciamento de menos, no esporte brasileiro. A sociedade não tá nem aí e o povo, menos do que isso, nem sabe do que está falando.

* Por isso, vai bilhão, some bilhão os excluídos nem chegam perto do que lhes seria devido. Só tem esporte para as elites e de rendimento.

* Terminados os Jogos Olímpicos e boa parte da televisão aberta voltou a ser o que era: um embuste de repetição e alienação. Parece eleição.

* Contar e avaliar o nosso esporte através de medalhas é o pouco que nos sobra. Estamos errados.

* Yane Marques contrasta com sua medalha de bronze no Penthatlo Moderno, com a falta de modernidade e gerenciamento do nosso esporte, em geral.

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