O ATLETA E O HOMEM
"A veste faz o homem, mas não modifica a sua
alma, nem transforma sua personalidade. A pose encobre.". (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
De certo modo é
fácil separar o atleta do homem. O homem precisa demonstrar a sua condição
pessoal e entender que faz parte de algo mais importante do que seus haveres e
quereres. Traz sua vida no prumo; cresce de dentro para fora, na medida em que
vai construindo o seu futuro, já no nível de escolaridade que recebe.
O atleta não existe
sem o homem, mas sob certos aspectos é mais atrevido. Dentro de um conceito de
família tradicional, uma infância e uma adolescência, idem, o atleta vai surgir
com orientação e vai optar ou não, por ser um deles. Se optar, entrega-se à
prática e se lança como competidor. Seu atrevimento é a sua obsessão.
Vai até onde fizer por merecer.
Ao redor de cada
atleta há um séquito de coadjuvantes, com a missão precípua de fazê-lo um
vencedor. Se for só atleta, não vai entender bem o que tal significa. O homem
com o mesmo trajeto, não vai decepcionar, nem a si, nem ao seu trabalho. O
homem sabe quando, onde e em quais circunstancias deve parar.
Agora você já sabe que é impossível separar um de outro. O
que cabe num, cabe noutro. As exigências não mudam, apenas são mais cristalinas
quando se trata de deixar o homem e o atleta, no alto de um pódio. Ambos têm
saúde e não querem perdê-la.
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"A pressa é inimiga da perfeição. Não quebre seus
cristais". Sem beijos!
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A Confederação
Brasileira de Voleibol está mesmo abalada com os levantamentos feitos em suas
contas, a partir da Controladoria Geral da União. Um exemplo mundial de
eficiência e seriedade, nesta fria.
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O Bra-Pel terminou
empatado e moveu interesses de parte a parte.
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O esporte brasileiro
está parado em seus objetivos finais, porque seu caminho foi atravessado pelo
esporte de rendimento.
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Os demais esportes não têm toda a visibilidade e
rentabilidade que se esperaria. As entidades que recebem recursos públicos ou
de estatais, por seu turno, pouco acrescentam em transparência e aplicação em
projetos.
* O aprendizado correto da prática desportiva
faz homens livres e interessados nos seus afazeres. Seja o que for.
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Um menino com alma e caráter de homem (foto), Guilherme Murray, 12
anos. Disputando um campeonato pan-americano de esgrima, em Aruba, na categoria
espada (acima da sua), foi eliminado porque avisou ao juiz que não havia feito
o ponto que ele lhe dera. Um fato raríssimo de legítimo fair-play, que infelizmente,
não servirá de exemplo, nem a muitos atletas e nem a muitos dirigentes. Este é
um verdadeiro atleta e um grande homem.
A idade pouco importa.