PAN RIO 2007... PANTAGRUÉLICO!
"Vende-se a vida, sem amor, sem comida e aos gritos!" (Autor Próximo).
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br
O grande acontecimento eleito pela mídia para o esporte brasileiro de 2007 está sendo olhado, finalmente, com mais seriedade pelos analistas. Desde algum tempo se pôde ler aqui, a preocupação de ver que – sem qualquer razão aparente, fora a distância entre Educação e Cultura – muita coisa vem sendo feita por poucos, supostamente para o bem de todos, mas que se reservam o direito de manter o distanciamento entre o Povo e o Poder, entre o essencial e o prioritário, trocando planejamento por urgência.
Os números e o custo final dos Jogos Pan-americanos, sua importância e seus propósitos; a relação custo-benefício, a forma quase direta com que o Governo e o próprio presidente falam e liberam recursos para a obra que já estourou um orçamento feito – teoricamente, por especialistas - recém começam a ser esmiuçados e as incompetências ou incoerências apontadas, reveladas. É um caso estranho, no mínimo, ver a relação presidencial com uma função de produtor "hollywoodiano".
A sensação que se tem é que existe algo muito maior correndo à revelia da sociedade faz bastante tempo. Enquanto alguns setores do governo são afetados diretamente por cortes e mais cortes de orçamento, o Esporte de Alto Rendimento, os Jogos Pan-americanos de 2007 excedem e nem bem pedem, levam o que querem e o que, sempre se afirma, vai mudar a cara do País. Onde e como, quando e onde, ninguém garante ao certo.
Às vésperas do evento aparece intervenção na Federação de Vela e Motor, por pedido de demissão de Lars Grael e a diretoria anterior. Isto atende às decisões de nível emergencial. É uma melhora para um esporte tão vencedor como vem sendo até aqui? Ou é uma oportunidade de colocar mais um tentáculo no monstro da unificação e perpetuação desportivas?
Desconfortavelmente se percebe que muita coisa que já havíamos cogitado neste espaço, como supostas desavenças entre os níveis de governo Municipal, Estadual e Federal, eram de fato ensaios futuros.
À última hora, quem cumpriu ou não a sua parte, no esquema de investimentos, não importa. O Governo Federal garante. Pedra cantada!
MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com
* "Tenho as mãos certas, escondidas nas tuas cobertas". Beijos Muitos!
* Certas premissas e devaneios de pouco adiantam quando o início é tíbio. A Xavantada precisa muito mais de sua tradição do que do futebol - que tem faltado - e duma sorte que, normalmente, só ajuda a quem bem labuta!
* Segundo me disse o diretor técnico da CBAt, Arataca, direto do Salgado Filho, ele estava indo para vistoriar as obras do atletismo para o Pan 2007. Na volta vai remeter material sobre os gaúchos no Pan. O vôo estava atrasado. E as obras?
* Em desavenças com as oposições, estimava-se que o C.O.B. gastou em advocacia, algo em torno de R$ 500.000,00. Se isto é uma realidade contábil, obviamente, este dinheiro jamais chegará ao esporte de base.
* É fácil deduzir que não temos um processo contínuo e uma política sistematizada, de longo curso e com metas pré-estabelecidas, para o desporto nacional, básico. Em Pelotas, muito menos.
* Aliás, neste aspecto, vive-se de "projetos esportivos" para isto e aquilo, tanto quanto se vive de "medidas provisórias". É uma farra, nem de longe contestada e, em alguns casos, até aplaudidas, pasmem. Boa "Politka"!
"Vende-se a vida, sem amor, sem comida e aos gritos!" (Autor Próximo).
Airton Leite de Moraes – e-mail: esports@terra.com.br
O grande acontecimento eleito pela mídia para o esporte brasileiro de 2007 está sendo olhado, finalmente, com mais seriedade pelos analistas. Desde algum tempo se pôde ler aqui, a preocupação de ver que – sem qualquer razão aparente, fora a distância entre Educação e Cultura – muita coisa vem sendo feita por poucos, supostamente para o bem de todos, mas que se reservam o direito de manter o distanciamento entre o Povo e o Poder, entre o essencial e o prioritário, trocando planejamento por urgência.
Os números e o custo final dos Jogos Pan-americanos, sua importância e seus propósitos; a relação custo-benefício, a forma quase direta com que o Governo e o próprio presidente falam e liberam recursos para a obra que já estourou um orçamento feito – teoricamente, por especialistas - recém começam a ser esmiuçados e as incompetências ou incoerências apontadas, reveladas. É um caso estranho, no mínimo, ver a relação presidencial com uma função de produtor "hollywoodiano".
A sensação que se tem é que existe algo muito maior correndo à revelia da sociedade faz bastante tempo. Enquanto alguns setores do governo são afetados diretamente por cortes e mais cortes de orçamento, o Esporte de Alto Rendimento, os Jogos Pan-americanos de 2007 excedem e nem bem pedem, levam o que querem e o que, sempre se afirma, vai mudar a cara do País. Onde e como, quando e onde, ninguém garante ao certo.
Às vésperas do evento aparece intervenção na Federação de Vela e Motor, por pedido de demissão de Lars Grael e a diretoria anterior. Isto atende às decisões de nível emergencial. É uma melhora para um esporte tão vencedor como vem sendo até aqui? Ou é uma oportunidade de colocar mais um tentáculo no monstro da unificação e perpetuação desportivas?
Desconfortavelmente se percebe que muita coisa que já havíamos cogitado neste espaço, como supostas desavenças entre os níveis de governo Municipal, Estadual e Federal, eram de fato ensaios futuros.
À última hora, quem cumpriu ou não a sua parte, no esquema de investimentos, não importa. O Governo Federal garante. Pedra cantada!
MEMORIZANDO - http://colunadoairton.blogspot.com
* "Tenho as mãos certas, escondidas nas tuas cobertas". Beijos Muitos!
* Certas premissas e devaneios de pouco adiantam quando o início é tíbio. A Xavantada precisa muito mais de sua tradição do que do futebol - que tem faltado - e duma sorte que, normalmente, só ajuda a quem bem labuta!
* Segundo me disse o diretor técnico da CBAt, Arataca, direto do Salgado Filho, ele estava indo para vistoriar as obras do atletismo para o Pan 2007. Na volta vai remeter material sobre os gaúchos no Pan. O vôo estava atrasado. E as obras?
* Em desavenças com as oposições, estimava-se que o C.O.B. gastou em advocacia, algo em torno de R$ 500.000,00. Se isto é uma realidade contábil, obviamente, este dinheiro jamais chegará ao esporte de base.
* É fácil deduzir que não temos um processo contínuo e uma política sistematizada, de longo curso e com metas pré-estabelecidas, para o desporto nacional, básico. Em Pelotas, muito menos.
* Aliás, neste aspecto, vive-se de "projetos esportivos" para isto e aquilo, tanto quanto se vive de "medidas provisórias". É uma farra, nem de longe contestada e, em alguns casos, até aplaudidas, pasmem. Boa "Politka"!