26 setembro 2007


O HOMEM, O ATLETA E O CIDADÃO
"A sessão secreta do Senado foi uma cusparada no País". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

Os educadores, os técnicos e os dirigentes possuem afinidades seqüenciais, consecutivas e respectivas com o homem (ser em movimento), com o atleta (ser em treinamento), e com o cidadão (ser que precisa ser sociabilizado). A ordem parece ser exatamente esta. Muitas ações são requeridas para que este processo seja uma obra de afirmação e, não apenas, um objeto de manipulação. Cada parte deste trinômio tem sua função específica, mas mesclada em espaço, tempo e contexto, nas demais.
Todos podem educar, treinar e dirigir porque estarão sempre lidando com um composto dinâmico, tanto quanto o seja, tudo o que se pode obter do esporte e seus agentes diretos ou indiretos. Do espetáculo ao engajamento, do educativo ao cooperativo. Da lisura ao trambique. Desde a platéia - que o absorve emocionalmente - ao Estado (que o enseja e rapina), a ligação é facilmente constatada. Atletas são seres respeitadíssimos cobertos de ouro, prata e bronze e cidadãos esquecidos, desafiando a vida.
É extremamente ruim notar que a própria coletividade se deixa envolver, ora pela violência que grassa em seu cotidiano, ora pela vontade matreira de receber o que não lhes cabe - quando o "árbitro é nosso" - e paparicando nababos que os manipulam. Neste canto do ringue está o que não se recupera depois de nocauteado. Sob os holofotes, ficam os que se vangloriam de jogar com as hordas e que fingem administrar o mundo.
Por todos os lados e ângulos estão os heróis do pódio e os promotores que os sustentam - com ou sem dinheiro lavado. Há também uma patuléia sendo despejada e recolhida das ruas, pelos que constroem atletas, por cidadania, mas suficientemente próximos da demagogia. Nesta sombra, há quem se associe, conspire e roube a dignidade geral.
O Brasil multiesportivo é um país promissor, no qual o Futebol faz bem a poucos, mas entretém a muitos. Nosso futebol é um mutante e já conspira para exterminar a arte de campo, com reprimenda e violência.
Isto cabe no palco, nas arquibancadas, nas ruas, nos gabinetes, em mestres e escolas ruins. Mas a "bola" pelos corredores não murcha!

· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Cruzo seu coração deixando idéias, mas levo sonhos". Beijos muitos!
· O E. C. Pelotas vai até o final da disputa e mantém a agonia de seus simpatizantes. Segue na liderança da chave. A torcida fez a sua parte ontem. Todos esperam superação na última partida. Sair da liderança para o limbo será um castigo cruel, se acontecer.
· O futebol nosso de cada dia anda assim. Um cara fala que é para "dar porrada", mas é lógico que não está sendo violento. Todo mundo entende, inclusive a Justiça Desportiva, quando absolve. Isto é que futebol de arte. Arteiro... eu diria!
· O Tênis nacional não saiu da mesmice, ainda não tem acento na Divisão Principal da Copa Davis. Os bons nomes das categorias novas, mundialmente bem de ranking, poucos prosperam.
· Muitos atletas já estão abandonados ou agonizando, em termos de patrocínio. É o preço que se paga por competir e não se chegar ao topo.Na próxima 4ª feira, última do mês, 26 de setembro, a partir de 14h30, a segunda edição do projeto Rádio na Rua, da Rádio Universidade. Onde ainda se ouvirá a boa música que se mantinha no quiosque do Projeto Pelotas Memória. Ao céu aberto. No clique do fotógrafo Lucas, do estúdio Laureano Bittencourt, foto do encontro anterior.

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