A MESMICE DE DEZEMBRO
“Não há mais lírios que nasçam no lodo. O lodo é
comprado, distribuído, e vale metade de uma pataca ou cargo”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br
Chegamos ao mês de
dezembro num ano repartido entre julgamentos que apontam cadeia, (mensalão), e
o tão esperado Mundial do Corinthians. Destes dois acontecimentos, a rigor,
apenas a conquista do mundial pelo bando de loucos vai ser mais cobrado, caso
não tenha ocorrido ontem. No mais ficaremos correndo para ver o endividamento
natalino consumista e os habituais imbecis, de final de ano tomando todas e
matando no trânsito.
Do ponto de vista do
ano desportivo que o mês encerra, no futebol, o julgamento dos comentaristas,
animadores e especialistas detonaram com a arbitragem nacional. Foi
desproporcional a ruindade de uns poucos sendo manipulada por muitos, sempre que
o lance não batia com o coração de quem o avaliava. Ponto negativo para os
árbitros que não souberam preparar a reposição e ficaram expostos à execração
pública.
Nos demais esportes,
em quase todos nada foi descoberto de graça. Sempre houve o fantasma das
maracutaias – algumas apontadas pelo próprio Ministério Público – rondando a
deplorável permanência dos dirigentes em seus cargos. Os cargos foram motivo, e
ainda o serão, de depredação do patrimônio nacional e das potencialidades
brasileiras.
Em Dezembro nos
deparamos com o fenômeno das cerimônias de premiação que em tese, nem sempre
conferiram com a prática. Algumas, sim. Mas boa parte delas apenas ajudou na
gastança geral, quando patrocinadas por verba do erário. As cerimônias
particulares são mais comedidas e outras, nesta área, mal sustentam os
homenageados, que são convidados a pagar as suas próprias indicações.
Neste contexto todo,
tudo aquilo que foi mal construído, as incompetências, a farsa da transparência
e de organização social ficam de fora. Dos
que estão no topo intocável dos esportes de rendimento, além de escolher seu
justo prêmio, pouco ou quase nada, ouviremos. Dezembro embeleza (e também
cala), a história continuada que poucos conhecem.
Dezembro também não faz justiça. O Diário Oficial não cessa. Mandatos
e continuidade de cargos esportivos, também não. Nada redime a omissão do
Governo, nos excessos praticados pela perigosa proximidade do esporte com a
política de “politicagem partidária”. O Brasil iluminado vai para o escuro e
pouquíssimo possuem facho próprio.
MEMORIZANDO – http://colunadoairton.blogspot.com
*
"Riscando-te nas sombras, meu sono evapora”. Com ou sem
Beijos!
*
É hora de dar férias aos boleiros e renovar as promessas de
receita junto aos torcedores. Os que sumiram estão consumindo para si e
gastando o que podem ou mais, com suas famílias.
*
A Educação Física na
escola é como um colar de sucuri viva. Não há quem coloque o pescoço. Faltam
quatro anos para os Jogos aqui no Brasil e os deputados seguem fugindo do
debate. Pelo menos é que se deduz pela narrativa do amigo José Cruz no seu
blog. Os deputados só estiveram (alguns) de passagem na reunião que fora
prevista. Bolo!
*
As passagens de
pedestre colocadas na Avenida Fernando Osório estão ajudando a quem tem sorte
de encontrar um motorista que pare para a sua travessia. Mas são muitos os que
não se detêm e acabam atropelando os transeuntes. A conscientização vai para o
ralo porque os veículos têm muita pressa.
*
Os olhos da crítica detonaram a inauguração da arena
gremista. A repercussão da tal de geral e sua avalanche produziram um
espetáculo simplesmente ridículo, ao brigar na festa. E ainda se acham
torcedores!
*
Romário, o deputado, numa hora chama
CPI e noutra se ausenta de discutir o esporte na escola. Qual deste Romários é
o verdadeiro?
*
Dunga está de volta ao
futebol. Só a crônica pode tirar sua paciência. Se resistir bem vai poder
treinar como todos esperam: ganhando. Já estamos torcendo contra. Risos.
*
No sábado ficamos
imaginando se todos os loucos conseguiriam voltar do Japão, em caso de perderem
o título. Torcer por Tite era uma boa pedida por aqui, ou secar de vez, azarando
o Coringão.Risos.
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