30 setembro 2012

O PÚBLICO NA PRIVADA

“Lutar por uma ação que vá além dos resultados do pódio, deveria ser uma propositura comum”. (Autor Próximo) alerme@ig.com.br

Existem no Brasil, muitos vícios que jamais serão tratados ou sequer recuperados, mas transformados em virtudes. Somos um Estado Democrático de Direito, os direitos não cabem no cotidiano das pessoas comuns, seja em que área for. Dentro do esporte brasileiro não há o menor espaço para que haja democracia igualitária como deveria. Existem absurdos e direitos de organização que erram o caminho constitucional.

O maior de todos eles é o que aprisiona os mandatos e torna a perpetuação nos cargos, o pior da abjeta contrariedade constitucional. É sabido que todos os dirigentes desportivos – desconheço o contrário – adoram mexer espertamente em seus regimentos internos para ficar nos cargos. Com a chegada de novos eventos de caráter mundial apressaram-se para garantir seu feudo e as verbas públicas que já são fartas.

Neste momento, o governo do nosso “estado democrático” já deveria ter dado um basta a esta festa. Mas, não. O governo se alberga por trás da máxima de que não pode interferir numa entidade privada. Ora, ora, estas entidades de privada só têm mesmo, o trono dos seus poderosos presidentes. Bastaria que fosse determinado um padrão democrático de revezamento, só receberia verba pública quem fosse mesmo democrático.

O que não se sabe é que o próprio governo está desinteressado na questão, tal é a ordem de politicagem existente entre entidades desportivas e os partidos políticos. O principal espelho é o próprio mini(mis)tério do esporte. Uma nau sem rota definida, que finge navegar mares revoltos, enquanto não é capaz de se fazer valer perante as entidades desportivas que deveria capitanear.

A presidenta Dilma bem poderia pôr um fim a isto tudo, determinando o que pode determinar, sem cair na esparrela de intervenção ou não. Os projetos e as verbas são públicos e deveriam servir apenas aos que sabem ser democráticos e responsáveis, no uso delas.




* "Partiram com o vento, teus versos noturnos". Sem Beijos!

* Interessante, a movimentação de bastidores para assumir o controle na federação de futebol do Distrito Federal. A briga pela presidência é escrachada e política, onde o interesse de Agnelo Queiroz, governador do DF, interfere.

* Chama a atenção que a federação tem no seu balanço uma ridícula participação de público e renda e não tem nenhum clube na divisão especial do brasileiro, apenas o Brasiliense está na C. os outros dois clubes, Sobradinho e Ceilândia estão na D.

* Pois é lá que será feito um estádio que vai além do bilhão para os seus 75.000 lugares. A média de público atualmente é um escárnio. Não chega a 3.000 torcedores (de média bruta) em toda a temporada. Vergonha.

* Já escolhemos o vereador e o prefeito, para o compulsório desprazer de votar em 07 de outubro. De quebra, não faremos pedido particular algum, se eleitos forem.

* Episódio frouxo do governo evita que as entidades esportivas sejam democratizadas já a partir do ano que vem. Aldo Rebelo, suspira aliviado por não precisar bater de frente com seus queridinhos e aliados políticos.

* A razão está nas técnicas de treinamento tão somente. Fora disto, só há cifrões!

* Aldo Rebelo não quer perder sua boquinha, então faz mudas as palavras que deveria pronunciar: “democratização no esporte já”. Dilma não se pronunciou e assim, ele está protegido. Por ora.



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