17 abril 2010



FUTEBOLIZAR É SURRUPIAR EMOÇÕES

"É hora de política. Mas a corrupção ainda dorme... em berço esplêndido”. Autor Próximo – Airton Leite de Moraes – alerme@ig.com.br  



O futebol dá de relho em todas as demais formas de aglutinação nacionais. Um estranho, mas conhecido sentimento de soberba e/ou superioridade atinge diretamente o humor das pessoas, quando existe um vencedor ou um perdedor. Fala-se na autoestima que eleva o espírito da coletividade e a faz mais feliz ou sob certa forma, azeda ou conformada com algum resultado frustrante. Ao final, tudo se resume em certo grau de aceitação do que veio dali: do jogo feito dentro do campo.

Isso é verdadeiro em grau, gênero e número e, tanto divide, quanto une, as pessoas e suas ideias. Não se trata, portanto, de um ledo engano. É uma identificação que se projeta para o ambiente familiar, ganha as ruas, se perpetua no emprego, no colégio e, quiçá, atinge o leito roubando sono e acrescentando sonhos. Algumas catarses coletivas são expressivas, porém as do futebol vão além do imprevisível, até quando previsíveis.

No Brasil, um território mantido continente por absoluta esperteza politiqueira, esta grande e animada corrente emocional foi vestida de orgulho nacional. Deste fardão ou camisa-de-força, a população não será liberada. Inexiste ímpeto na minoria discordante para que tal constância se interrompa. Sequer para ser reavaliada. O futebol espalha-se pelos ouvidos e céus. Os políticos pegam carona, como se fossem deles, tal invenção.

Por cultura, por identificação de gosto natural e redonda simpatia, amar o futebol, não faz do povo um usuário do que lhe é prometido, cobrado e não entregue. A história consagrou o pão e o circo, aqui, no entanto, o circo já nasceu pronto e o governo nem lembra que falta o pão.

O Governo o distribui com chuvas de migalhas. Acredita que, de espetáculo em espetáculo, de futebol (por conceito), o circo ficara de pé, sempre. Este exagero será “flagelo nacional”, se o pão virar gorgulho.




 
* "Não há preço que pague ocupar seu coração. Por favor, não esvazie minhas gavetas!". Beijos todos. Amo só você e muito!

* Azul-e-amarelizadas e caravanas entusiasmadas. Esta segunda-feira é como as de antes? O futebol tem as lições e a paixão seus aprendizes.

* De quanto será o montante de impostos e taxas que contemplarão os investimentos externos (brindes do nosso erário, à FIFA, COI e afins), para a Copa de 20!4 e R!u 20!6? Não lembro esta discussão política.

* As conquistas dos atletas de alto rendimento brasileiros parecem restritas a algumas figuras pré-carimbadas e já devidamente reservadas na “bolsa de futuros”. Em números finais, um belo montante. Mas nada garante que isso, por si, representará o projeto esportivo nacional.

* Ricardo Teixeira tentou, mas não conseguiu dar o golpe do baú e recuperar a chave do cofre governamental (hoje, de posse de Carlos Nuzman). Sem aquela nova fatia de poder, já lhe sobrou tempo para decidir que o Flamengo (que não mordeu na bolinha envenenada), perdesse sua pendenga sobre o chamado “Troféu das Bolinhas”. E tem gente que acha que não foi retaliação, apenas coincidência.

* Edição do jornal Vida Norte de Abril/10 traz interessante entrevista com o jornalista José Cruz e Souza. Uma aula de informação e revelações sobre a censura em geral, sobre a ameaça de morte que sofreu e sobre corrupção. Vale à pena!


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