17 julho 2008







O ESPORTE À DISTÂNCIA
"Vexatória e descabida, a farsa demagógica que transforma Democracia em Miserocracia Conceitual". (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

O atual modelo de esporte que é exercido no Brasil tem todo um contexto direcionado ao efeito de deslumbre popular. Jamais se viu tanto processo sociabilizante inserido nas entrelinhas dos projetos para a área. Cada um deles é um feudo e vale pelo "mínimo" que conseguem e muito pouco, pelo tanto que se precisa. O poder exercido pela condição emocional e o canto sibilante da integração entre os agentes do esporte, seus administradores e o público final são misturas dessecantes.
Os projetos e as ONG'S têm no seu escopo a mágica do social, o brilho da conquista esportiva e o escamoteado uso da máquina pública para se autolocupletar do que seus arautos elaboram. Tudo permanece na sua feitura, da maneira tradicional: imposição verticalizada do Poder - que loroteia benesses, mas dá recursos aos próximos, dos mais bem próximos. Na idéia, a certeza de que a avaliação externa e os resultados podem ser também devidamente maquiados, e os recursos dados como bem usados.
Estamos construindo uma história de estatísticas para o umbigo desportivo, e os acessórios ou a expansão dos benefícios - para as pessoas que pagam por isto - ficam lá para o futuro. Se, e quando, houver Educação, Saúde e Segurança, etc. Um pretérito acondicionado ao "manda quem pode e obedece quem precisa", que vale pela boa vontade de quem o exerce, e que não admite cobranças em seu oportunismo mantenedor.
As sagas dos nossos atletas na China servirão de preparatórias: prepararão o bolso do País para a sangria e, os seus ouvidos, para as intermináveis oratórias multimídias, que inflarão o nosso orgulho natal. Somos uma potencia internacional e lutamos por isto.
Aqui, pertinho, num tal de país chamado de Belém, do Pará, a maior delegação de bebês mortos, num único local, já está no céu. Os pais agradecem aos envolvidos. Aos funcionários da maternidade, que não são criminosos; aos médicos, que ganham pouco; e a todos os demais. É ouro!
É lógico que não há responsáveis por isto. Afinal, estamos em período eleitoral e Ano Olímpico. Bebês não votam e morto não fala!

MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Nossas figuras de amor requerido, de carinhos trocados ficam impressas em baixo-relevo, nos lençóis suados". Amo você, beijos Muitos!
· As eleições municipais - abstração que fingimos real - estão dando ares de estrela a bufões. Manobras pândegas, bufantes de sempre e cidade Zero!
· De qualquer modo, é uma época excelente para morrer e ganhar enterro; adoecer e ganhar remédios, ou ainda passear de ambulância. Mas ninguém compra votos nessacomunidade. Todos já estão desencompatibilizados.
· A equipe de futebol feminino do E.C. Pelotas/Phoenix foi a única a ceder três jogadoras para a seleção brasileira feminina de futebol que se apresenta na Granja Comary, no próximo dia 21 do corrente. As convocadas iniciam os preparativos para o Mundial da N. Zelândia, em outubro. São: goleira Ana Patrícia, a meio-atacante Andressa Pedroso e a centroavante Veridiane. O incansável treinador Marcos Planela Barbosa merece reconhecimento mais efetivo da CBF. Incluí-lo na delegação,seria uma questão de justiça.

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