14 janeiro 2008




ESPORTE: A GINÁSTICA SOCIAL DE VOLTA AO CORPO NU
"Pouca coisa nos serve, se nos servirmos de todas!". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

A Ginástica tem como provável data de aparecimento, os anos 400 a.C. e deriva da palavra "Gymnós", cuja origem vem do grego "gymnádzein", que significa “treinar” e, em sentido literal, “exercitar-se nu”, ou levemente vestido (para alguns pesquisadores). Os exercícios Gregos eram motivos de competição entre eles, mas foram desprezados pelos romanos, pois eles os transformaram em práticas de uso militar. Na Idade Média a Ginástica perdeu-se como competição, completamente.
Ressurgiu na Europa no início do século XVIII. Do ponto de vista do Esporte de Gênero, em duas escolas: a alemã (caracterizada por movimentos lentos e rítmicos), e a sueca (à base de aparelhos). A Ginástica Olímpica, através de Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), o "Pai da Ginástica" pela criação do "Turnkunst", um sistema de exercícios físicos, que é base da atividade ainda hoje, esteve bem mais perto das suas origens.
Sob certa forma, o Esporte atual se consagra pela manutenção do matiz anterior, onde o poder masculino e a submissão feminina eram atuantes. O Esporte, dos conceitos e contextos, supostamente naturais ou essenciais, traz hoje idêntica formatação, ao representar o que socialmente se traduz pela movimentação dos homens e das mulheres modernos. O que se conceitua aqui e agora, desnuda o corpo, não só o físico, mas o social.
Sob vários aspectos, todos radicais, criamos regras rápidas sobre nossas realidades e impotências, e as colocamos para competir. Estamos nus diante da incoerência que expunha o corpo e ocultava nossa vida coletiva, sempre prisioneira da realidade e esta, indo muito além do movimento e das relações que antes projetavam ou espelhavam.
Para cada ameaça à vida coletiva, um novo gênero de esporte é criado. Os humanos aceitam o risco de expor a vida, mas não aceitam enfrentar o instinto predador do corpo social que originam. Voltam a ficar sem roupas e sem alternativas. A nudez esportiva é pobre, mas bem paga.
Ninguém se exercita vestido. A sociedade sim. Séculos de atividades, por séculos de inconformidades e cá estamos, de volta ao início.



· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Beijos espelhados na sua retina e a vida muda a rotina". Beijos Muitos!
· É bom notar que as atividades esportivas e de lazer seguem inseridas no período de verão e de férias. Uma tradição da Praia do Laranjal mantida e renovada. Atualmente não é mais preciso implorar por mídia, e este é um diferencial na relação com tempos passados. Existe um marketing sendo devidamente explorado.
· O Esporte em Pelotas é como uma colcha de retalhos lavada e remendada, faz algum tempo. Os atletas se dividem entre resistentes, e apaixonados, e aqueles que ousam arriscar-se além do comum.
· São poucos, mas poderiam ser muitos mais. Alguém precisaria mudar isto. O poder municipal atende ao óbvio e ao confortável para ele, ainda mais, em ano eleitoral. Falta uma agulha nesta bússola para encontrar outras coordenadas.O nadador Neir Martinelli, a caminho do podium em 2003, em Raia Sul/SC como campeão da categoria Mero (na foto), atleta e conselheiro esmeraldino é o único nadador brasileiro que ainda compete em prova de travessia, aos 80 anos. É de Pelotas, ex-presidente do Brilhante e do C.M.D. É campeão brasileiro nas várias provas que competiu e detentor de outros tantos recordes na sua faixa de idade. Vai na busca de outros que se acham vagos na sua categoria. Parabéns!

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