21 outubro 2007

TELEVISÃO, SÓCIOS OU TORCEDORES?
"No ar enquanto o "Aero-Bufa", o seu passageiro tunga". (Autor Próximo)
Airton Leite de Moraes – e-mail:
esports@terra.com.br

Uma discussão acalorada, mas nem sempre bem engendrada, arremete para o confrontamento das teorias que definem a manutenção dos clubes esportivos. Nos dias atuais é comum ouvirmos críticas à presença das partes (televisão, sócios e torcedores), atribuindo-lhes uma dessintonia crônica e poderes autopredatórios, na sustentação das entidades de prática de futebol (clubes), notadamente. Clubes de massa ou quaisquer times viveriam unicamente de uma só destas possibilidades? Dificilmente.
O torcedor quer ver sempre o seu time do predileto na televisão. Ele conta número de vezes que pode fazer isto e a partir daí aplaude ou não. Na primeira desproporção – mais jogos de um time rival, por exemplo – esbraveja. Por interesses, quase totalmente comerciais há quem, na própria mídia, endosse estas críticas. Pouca gente lembra que existe um clube por trás de cada time e que mantê-los não é obra apenas de paixão. O custo de cada uma destas fábricas de sonhos do torcedor é caríssimo.
A televisão, portanto, paga o que o torcedor não pode e não quer, e não considera que seja sua obrigação, pois paga ingressos nos jogos. O sócio, no entanto, é a parte do torcedor que dá sustentação real à entidade como um todo. Nem todos se filiam e, quando o fazem, baseiam-se na euforia vitoriosa. Sem cerimônia, interrompe-a quando está "por baixo". Entre a televisão e o torcedor, o mais confiável é a televisão: Renda certa!
Como mantenedora do espetáculo a televisão investe, adianta pagamentos e impõe condições. Diferente do torcedor, a televisão vai a todos os jogos, ainda que só transmita os que favorecem a sua audiência. A paixão que alimenta o torcedor serve à televisão, serve ao clube e acaba por privilegiar os torcedores e as entidades que têm a maior fatia deles.
A televisão é empresa. Os clubes até bem pouco tempo eram arremedos, com raras exceções. A televisão ganha antes, durante e depois do espetáculo. O dirigente paga a conta sempre. Até quando vence.
Torcedor e paixão existem sempre. Sócios, às vezes. A televisão antecipa cotas, e ao dirigente cabe pagar as dívidas, bem ou mal havidas.

· MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

· "Eu lembro do teu beijo e dá saudades do que não vejo". Beijos Muitos!
· O resultado adverso da Católica quebrou o embalo na Série Ouro, mas não derrubou convicções, ainda. O certame não é prato servido. Trabalho bom deixa frutos bons.
· A Escola Superior de Educação Física da UFPel que tem como Diretor José Francisco Gomes Schild e como Vice-diretora Mariângela da Rosa Afonso foi palco do Fórum Olímpico Estadual, da II Conferência Municipal de Esporte e Lazer, no XXXVI Simpósio Nacional de Educação Física.
· Um importantíssimo na área e o mais antigo do Brasil. A Esef foi criada em 71 e reconhecida em 77. Uma conquista resultante da visão e da ousadia de professores, dirigentes e desportistas pelotenses da época. Alguns ainda vivem!
· O Xavante não necessita ser campeão da Copa Amoretty. Precisa jogar bastantes vezes. O suficiente para achar uma forma de atuar e saber que a Divisão Principal de 2008, onde ele estará, possui lastro curto.
· Enquanto isto na Espanha, o futebol feminino e a Seleção Espanhola não têm preconceitos!

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