14 março 2009




SEM TORCER O NARIZ
"Governar e politizar é engabelar: ensina-se ao matuto o que ele já sabe e toma-se o que ele descobriu"! (Autor Próximo) -
alerme@ig.com.br

A semana que passou trouxe um fato novo ao futebol nacional e, ao mesmo tempo, abrangente e já inserido no "status quo" das relações da sociedade com o ambiente político-desportivo. Para adequação dos nossos torcedores às normas civilizadas de bem freqüentar estádios, os Ministério do Esporte e Justiça arregaçaram as mangas. O presidente Lula – "Lá e Cá" – decretou o que a F. I. F. A. exige e o torcedor tupiniquim necessita, para não assustar os que por aqui vierem, em 2014.
A violência, até então, é um problema de torcedores de futebol e vai ser solucionado. Vai ser a primeira das tantas empíricas vantagens do Mundial? É provável. O calendário nacional e as fórmulas de disputa dos nossos campeonatos, que antes eram uma colcha de retalhos, foram acertados de fora para dentro. Não há razão para deixar de funcionar agora. A não ser que os "torcedores" torçam o nariz para a novidade.
Afinal, temos belos exemplos das leis implantadas no País – todas recheadas de boas intenções e criminalizações – e que o admirável gado novo usou, mas não gostou e estragou. O Legislador, sem boa manutenção, nem tratou de consertar e deixou que caíssem em desuso. A violência do Futebol nem parece ter outras origens e irresponsabilidades. Do cambista, ao fanático haja cárceres. Carteirinhas, com regalias e "somenos valia".
Resta esperar para ver no que vai desembocar tudo isto. O apelo esportivo perde terreno para a presença do torcedor e abre espaços cada vez mais amplos, para sua antítese: o marginal enrustido e violento. A impunidade é uma bandeira que nem precisa ser desfraldada, pois está agregada ao cerebelo. Este é, e será, um motor muito difícil de desligar.
É hora de massificar o que já é adrede suscetível e supostamente fácil de modelar: a cabeça do torcedor. O grande problema vai ser a lisura do cadastramento e a imparcialidade do gestor. Lá onde ele transita, a voz da arquibancada chega normalmente editada, na sala ao lado.
Portanto, não esqueça, para não ser acusado de não gostar da sua Pátria ou de mau brasileiro corra para ser torcedor, antes de ser torcido.



MEMORIZANDO -
http://colunadoairton.blogspot.com

* "A Lua está lá, olhando em nossos olhos, enquanto o desejo a redesenha em nossa pele faminta"! Amo você, beijos muitos!
* Ronaldo Feromônio voltou. É fenômeno de bilheteria e já está atropelando a tudo e a todos. Ricardo Teixeira já tratou de se desculpar. Não demora e as convocações serão feitas do vestiário corintiano.
* A pessoa do craque – que ele é – merece a recuperação física que obteve até o momento e que há de crescer. Ele precisa disto, caso contrário, seus demais companheiros de time vão ter que carregá-lo. Na marra!
* Sua volta mostra que ele sobra em termos de qualidade e carisma, diante do padrão dos boleiros que "por aqui, não jogam nunca mais".
* O futebol brasileiro tem esta capacidade de renovação, restauração e convencimento. Resta saber, a sério, até quando e o "porquê".
* O que tem de gente trapaceando para manter-se no poder em entidades desportivas é incrível. O Ministério do Esporte, não sabe?
* O ex-centroavante Jardel foi outro grande momento da semana anterior do nosso futebol. Sua volta aos gramados e sua estreia com a marcação de um belo gol pelo Ferroviário aqui, em Fortaleza, de onde escrevo, foi motivo de muita alegria. Por razões idênticas, ainda que por situação diferente, ele também busca recuperar sua saúde. Que seja possível, ao menos, recuperar a sua autoestima e dignidade pessoais.

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